EUA oferecem recompensa por quatro congoleses procurados pela morte de dois peritos da ONU
Washington ofereceu hoje uma recompensa de até cinco milhões de dólares (4,75 milhões de euros) por informações que possam levar à detenção de quatro cidadãos da República Democrática do Congo alegadamente envolvidos na morte de especialistas da ONU. O anúncio foi feito pelo Departamento de Estado norte-americano, que passou a integrar os cidadãos da República Democrática do Congo (RDCongo) Evariste Ilunga Lumu, Mérovée Mutombo, Gérard Kabongo e Jean Kutenelu Badibanga no Programa Global de Recompensas da Justiça Criminal dos Estados Unidos.
De acordo com Washington, os quatro cidadãos em causa são procurados por um tribunal militar superior da RDCongo por, entre outras acusações, "o crime de guerra de homicídio, pelo seus papéis nos assassínios, em 2017, do cidadão norte-americano e especialista das Nações Unidas Michael Sharp, da sua colega na ONU, e de três cidadãos da RDCongo que ajudavam os peritos no seu trabalho".
Sharp, um cidadão norte-americano com uma longa história de trabalho humanitário, e Zaida Maria Catalán, uma cidadã com dupla nacionalidade sueca e chilena, foram mortos enquanto investigavam o conflito na região congolesa de Kasai entre as Forças Armadas da RDCongo e um grupo de milícias armadas, bem como alegações de evasão de sanções da ONU.