Reconstrução da Lugrade em Torre de Vilela inicia no primeiro trimestre de 2025
A reconstrução da unidade de Torre de Vilela da Lugrade, destruídas por um incêndio em 2023, deverá iniciar no primeiro trimestre de 2025, confirmou à Agência Lusa Joselito Lucas, administrador da empresa de Coimbra. O responsável acredita que a partir de 2026, altura em que a nova unidade esteja concluída as vendas de bacalhau demolhado ultracongelado continuarão a subir.
Recorde-se que o forte da Lugrade continua a ser o bacalhau seco, mas as vendas de bacalhau demolhado ultracongelado têm subido significativamente e a tendência futura será para "ultrapassar o seco", já que atualmente a diferença nas vendas "não é assim tão grande", avança do responsável.
"Com o aumento da capacidade de produção prevista e o controlo de todo o processo de produção, acreditamos vir a ter um crescimento no bacalhau demolhado ultracongelado", sustentou o administrador, adiantando que a reconstrução da fábrica de Torre de Vilela vai ser aproveitada para quase duplicar a área útil da unidade, de 6.000 para mais de 10 mil metros quadrados.
Com a proximidade do Natal, época em que o fiel amigo não costuma faltar à mesa dos portugueses, a Lugrade relançou este ano o bacalhau vintage, pescado na Islândia, com 20 meses de secura, uma referência criada há oito anos, mas que o ano passado não se comercializou por falta de 'stock'.
Em compensação, a empresa lançou em 2023 o bacalhau Magnus, pescado na Noruega, com um peso cada vez mais difícil de se encontrar, à volta dos seis quilos, em média, "que veio proporcionar na mesa um grande lombo de partilha com toda a família".
Na edição deste ano, a empresa lançou para o mercado 2.100 unidades de Vintage e 1.000 bacalhaus Magnus, que foram entregues aos canais de distribuição.
"Acabamos por ter produtos distintos para diferentes tipos de apreciadores, mas em quantidades muito limitadas", sublinhou o administrador Joselito Lucas.
Anualmente, a Lugrade necessita de mais de 10 mil toneladas de bacalhau à saída de água, o que representa entre quatro mil a quatro mil e quinhentas toneladas de produto acabado, "porque o bacalhau desde que sai da água até estar processado tem uma perda muito grande, de quase 80% no caso do seco".
A empresa sediada em Coimbra importa bacalhau de vários países, com principal destaque para a Noruega e Islândia, seguindo-se, com menor expressão, a Gronelândia e as Ilhas Faroé.
"Aquilo que pretendemos é continuar a produzir bem, acrescentar valor, manter a integridade da marca e colocar na mesa dos portugueses um bom produto, esse é o nosso objetivo", enfatizou Joselito Lucas.