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Prendas de Natal ajudam a melhorar saúde

Plural+Udifar entregou donativos a três instituições que dão apoio a doentes, sobretudo seniores e crianças, com projetos diferenciadores

A tradição cumpriu-se, com a Plural-Udifar a entregar donativos a três instituições. Uma prática que começou há 20 anos, quando a administração da cooperativa, em sintonia com os seus 1.500 associados, farmácias de todo o país, entendeu que, ao invés de um presente da Natal a cada um, essa verba podia fazer a diferença e ajudar associações empenhadas em trabalhar com crianças e seniores, particularmente na área da promoção da saúde. E assim se fez, juntando este apoio natalício a outros, promovidos ao longo do ano, no âmbito dos programas de responsabilidade social.

Os pedidos formaram uma longa lista, tornando a escolha difícil. Uma escolha feita com «o coração», afirmou Miguel Silvestre, presidente do Conselho de Administração. A Plataforma Saúde em Diálogo, a Pedrinhas, Cooperativa de Solidariedade Social e Cultural e a Associação Portuguesa de Pais e Doentes com Hemoglobinopatias foram as eleitas e o donativo vai permitir dar novos horizontes aos seus projetos.

Projetos diferentes, mas todos eles focados na promoção da saúde e prevenção da doença. Vocacionados para a população sénior, para crianças ou para pessoas com doenças raras e incapacitantes. Nas instalações da cooperativa, esta tarde, os respetivos responsáveis deram a conhecer os seus sonhos e ambições.

Joana Viveiro, da Plataforma Saúde em Diálogo, apresentou o projeto, desenvolvido no Algarve, de promoção da literacia em saúde, que envolveu 780 seniores e um apoio em envolvente de combate ao isolamento e à solidão, incluindo a componente de fármacos. Um projeto a continuar, acrescentando-lhe a componente de saúde mental.

Celeste Bento, presidente da Associação Portuguesa de Pais e Doentes com Hemoglobinopatias, trabalha há 30 anos na investigação da drepanocitose ou doença falsiforme, tantos quantos tem a associação. Uma doença crónica, que tem uma incidência particular no continente africano e responsável por uma taxa muito elevada de mortalidade infantil. A sede, explicou, está em Lisboa, mas os Hospitais da Universidade de Coimbra são a «referência europeia» e o único espaço, em Portugal, onde é garantida assistência. «É uma doença sem cura», alertou, sublinhando a necessidade de fazer o teste aos recém nascidos. Em Portugal é feito há dois anos e o grande objetivo é disseminar essa prática pelos países da lusofonia, explicou Celeste Bento.

Uma doença apresentada de viva voz por Décio Temporário, um jovem com raízes em África, que nasceu na Holanda e reside em Coimbra onde, nas suas palavras «encontrou a salvação». «Sou um felizardo! Tive sempre todo o apoio a minha família», disse, recordando que muitos doentes «não saem de casa, não têm acesso à escola». «É uma doença silenciosa e não sabemos quando será a próxima crise», explicou. «As dores são muito fortes», adiantou Celeste Bento. «A doença não é visível e não é contagiosa», disse ainda. E também não é muito conhecida, mesmo junto da comunidade médica, alertou o jovem, que chamou a atenção para a relevância do diagnóstico atempado, numa altura em que muitos migrantes demandam o território nacional e fez questão de agradecer o apoio da Plural-Udifar à associação.

Também Miguel Silvestre agradeceu o testemunho. «Nem todas as pessoas estão disponíveis para falar do seu percurso. Acredito que não seja fácil, mas é importante, afirmou.

Sobre a Pedrinhas falou Ana Patrícia Brazião, presidente do Conselho de Administração da associação, com sede na Lousã e uma das 15 fundadores. Um projeto que nasceu para apoiar crianças com cancro, em 2018, procurando dar-lhes, tanto quanto é possível, «uma vida normal», dentro e fora das paredes do hospital. Um projeto que cresceu, entrou na casa das famílias, procurando assegurar a adaptação das habitações às novas circunstâncias da vida da criança. Criar “Castelos”, que se juntou ao “Conto de Histórias”, dinamizado duas vezes por semana no hospital. “Pedrinhar-te” é o mais recente desafia, que a Plural-Udifar vai apoiar. Trata-se de ir mais longe dentro das paredes do hospital, procurando dar outro aconchego às crianças doentes.

«Que o nosso contributo sirva estas grandes causas», desejou Rita Almeida, administradora da cooperativa. «São pequenas ajudas», adiantou Miguel Silvestre, que fez votos para que sejam «percursoras de outros apoios».

Dezembro 12, 2024 . 19:27

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