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Ministra defende que pré-triagem de grávidas já deveria ter sido aplicada há muitos anos

Ana Paula Martins admitiu que solução possa ser generalizada a outras especialidades

A ministra da Saúde defendeu hoje que a pré-triagem telefónica para grávidas é uma solução que deveria ter sido aplicada há muitos anos no país e admitiu que possa ser generalizada a outras especialidades.

“Esta experiência que hoje começa na região de Lisboa e Vale do Tejo é um modelo que há muitos anos já devia ter começado a ser aplicado em Portugal”, afirmou Ana Paula Martins em entrevista à TVI.

Segundo a governante, a solução que hoje entrou em vigor nas urgências de obstetrícia de vários hospitais garante uma maior orientação para as grávidas que, em situações de doença aguda, têm um encaminhamento correto e permite que as equipas de urgência possam ficar reservadas para os casos urgentes ou muito urgentes.

“Este processo é experimental durante três meses nessa região, podem aderir outras regiões, mas vai ser uma aprendizagem muito importante para poder generalizar, não só nesta área da obstetrícia, mas também a outras áreas ao nível nacional”, referiu a ministra.

Ana Paula Martins adiantou ainda que se trata de um “caminho difícil de fazer”, alegando que é necessário explicar à população que não está a ser retirado o acesso a cuidados de saúde, mas sim a “garantir que quem precisa de um cuidado urgente ou emergente o vai ter”.

No caso da obstetrícia, o objetivo é conseguir manter as equipas no Serviço Nacional de Saúde, evitando que os especialistas saiam para o setor privado, salientou Ana Paula Martins, ao reconhecer que em Lisboa e Vale do Tejo há uma grande falta de médicos de família.

Desde a meia-noite de hoje que as grávidas têm de ligar para a Linha SNS Grávida (808 24 24 24) antes de recorrerem à urgência de obstetrícia e ginecologia de alguns hospitais, a maioria dos quais em Lisboa e Vale do Tejo.

O novo modelo das urgências arrancou em fase piloto em 11 Unidades Locais de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e no Hospital de Leiria e em três unidades que aderiram voluntariamente ao projeto (Hospital de Gaia, Hospital de Portalegre e Centro Materno Infantil do Norte).

Dezembro 16, 2024 . 23:36

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