Antiga Câmara é agora “casa” Belmiro Moita da Costa
Foi no antigo edifício da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova que iniciou as suas funções autárquicas enquanto presidente do Município, o mesmo que desde hoje tem, oficialmente, o seu nome. Belmiro Moita da Costa, que foi presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova entre 1986 e 1993, foi, assim, homenageado, um mês depois da sua morte, no dia em que faria 78 anos.
«Tem sido um mês de muita saudade», disse Nuno Moita, que recordou o pai «presidente» tantos anos, quer na Câmara, quer na Assembleia Municipal, tendo também sido deputado na Assembleia da República, mas também o amigo com quem partilhava amizades. «Tornei-me amigo dos amigos deles e ele tornou-se amigo dos meus amigos», confidenciou o autarca.
A nível político, foi a «figura ímpar» que se destacou entre tantos outros atributos atribuídos a Belmiro Moita da Costa. Nuno, o filho, não deixou de recordar «três amores», além, da família, «evidentemente»: «o PS e a sua ideologia, Condeixa e o Benfica».
«Durante o período em que exerceu o cargo de presidente da Câmara Municipal, pautou-se por uma gestão visionária, caracterizada pela promoção do desenvolvimento social, económico e cultural de Condeixa-a-Nova», lê-se na exposição de motivos que levou à aprovação por unanimidade da proposta de atribuição do nome de Belmiro Moita da Costa ao antigo edifício da Câmara Municipal, atual Polo II.
E que melhor forma de honrar a memória que dar o seu nome ao espaço onde trabalhou em prol do município? «É o local onde tantos esforços foram conduzidos», acentua a exposição de motivos, destacando que «é o espaço apropriado para perpetuar a memória do Dr. Belmiro Moita da Costa».
«São inúmeras as realizações que ele teve ao longo da sua vida, sempre em prol do carinho e amor à sua terra», destacou o presidente da Assembleia Municipal, António Figueiredo, numa sessão que contou ainda com a intervenção de Vassalo Abreu, amigo do homenageado, que, recordando o «homem culto» e «amigo do seu amigo», não deixou de frisar que «Condeixa era verdadeiramente onde se sentia bem».