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Foram entregues 300 cabazes na União de Freguesias de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades

O frio que na manhã de ontem se fez sentir com mais intensidade (natural nesta altura do ano) não demoveu a equipa da União de Freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades nem os moradores elegíveis a receber o cabaz de Natal. Por volta das nove e meia já várias pessoas tinham passado pelo estaleiro da Junta de Freguesia em Bencanta, um dos pontos de entrega (o outro estava localizado em Ribeira de Frades) dos mais de 10 produtos que cada agregado levava para casa, entre leite, massas, enlatados, bacalhau e bolo rei confecionado por várias pastelarias da freguesia.

Na casa de Domingos Morais e Maria Amália, ambos reformados, são três as pessoas que beneficiam deste apoio. Com reformas pequenas e que têm de ser bem geridas ao longo do ano para as despesas diárias e ainda para ajudarem a filha que, apesar de trabalhar, carece dessa apoio familiar. Uma realidade em nada estranha a tantas outras famílias tendo em conta os ordenados dos trabalhadores, na sua maioria baixos, face ao custo de vida. «Está tudo muito caro e o dinheiro não chega», lamentaram, ao mesmo tempo que enalteceram o bom que é receberem esta ajuda da UF, sobretudo na altura do Natal. «Ainda não tínhamos comprado bacalhau e será este que vai para a mesa na noite de Natal ou de Ano Novo», garantiram. Será também assim na casa de Maria da Graça, reformada, com um filho doente e marido acamado. «Tudo que nos dão é muito bom», reconheceu, porque «com o preço cada vez mais alto das coisas, como é que vamos viver?», questionou, atirando logo de seguida que «o que interessa é ter saúde» para poder ir cuidando dos seus.

A entrega dos cabazes de Natal é já uma tradição na UF de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, como enalteceu o secretário Vitor Duarte, na companhia da tesoureira Carla Fonseca, sendo que este ano, e à semelhança do ano passado, são 300 os cabazes entregues aos agregados familiares elegíveis, num investimento que ronda os 16 mil euros. A ajuda chega a reformados mas também a pessoas no ativo, de nacionalidade portuguesa ou estrangeira, com ou sem crianças, que residem na União de Freguesias. Para aqueles que não conseguem deslocar-se, por questões de idade ou doença, a equipa da UF faz a entrega porta a porta, o que acontece também nos casos de «pobreza envergonhada»  identificados numa parceria com as Vicentinas. «A ajuda chega lá na mesma, sem que as pessoas manifestem essa necessidade», afiançou Vitor Duarte.|

Dezembro 22, 2024 . 07:45

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