Primeiro-ministro diz que 2024 foi “ano de viragem”
O primeiro-ministro defendeu que 2024 foi «um ano de viragem e de mudança» e assegurou que a «nova política de baixar os impostos e valorizar os salários e as pensões» está a ser realizada «com rigor e equilíbrio orçamental».
Na sua primeira mensagem de Natal enquanto primeiro-ministro, Luís Montenegro inclui nas prioridades para o futuro a promoção de uma «imigração regulada» e o combate à criminalidade – sem ligar os dois temas -, a par do reforço dos serviços de saúde, educação, transportes e da execução do «maior investimento em habitação pública desde os anos 90».
O primeiro-ministro considerou que o Governo PSD/CDS-PP que lidera desde 2 de abril «trouxe novas prioridades e novas opções», numa mensagem gravada na residência oficial, em São Bento, e hoje transmitida pela RTP. «Não viemos para olhar ou criticar o passado. Viemos para cuidar do presente e construir o futuro», afirmou.
Montenegro passou em revista várias decisões do executivo, como a valorização salarial geral e de várias carreiras, medidas específicas para jovens e idosos, e deixou uma garantia sobre as contas públicas. «Esta nova política de baixar os impostos e valorizar os salários e as pensões é realizada com rigor e equilíbrio orçamental. E é um elemento de política económica e social», referiu.
O primeiro-ministro assegurou que Portugal «é um referencial de estabilidade e um país de oportunidades» num «mundo em convulsão» e «numa Europa apreensiva com a estagnação da Alemanha e o défice e o endividamento da França».
Na parte mais virada para o futuro, afirmou que o Governo pretende «continuar a reforçar os serviços de saúde e a garantir uma escola pública de qualidade, desde a creche até à universidade, sem esquecer o ensino profissional e tecnológico».
Melhorar os transportes públicos e executar «o maior investimento em habitação pública» desde os anos 90 são outras das promessas, numa mensagem em que também se refere às políticas de imigração e de segurança.
«Vamos promover uma imigração regulada para acolher com dignidade e humanismo aqueles que escolherem viver e trabalhar no nosso país», referiu Montenegro.
Mais à frente, o primeiro-ministro prometeu o combate à “criminalidade económica, o tráfico de droga e a criminalidade violenta”.
“Somos um dos países mais seguros do mundo, mas temos de salvaguardar esse ativo para não o perdermos”, reiterou.
O chefe do Governo defendeu que “Portugal tem tudo para vencer e criar mais riqueza”, determinante para conseguir “juntar os pais e os avós com os filhos e netos de Portugal em Portugal” e para “continuar a salvar o Estado Social, cumprindo a essência da democracia e da justiça, que é a igualdade de oportunidades”.
Na mensagem em que começou por desejar festas felizes a todos os portugueses, o primeiro-ministro deixou “uma palavra especial” aos que estão sozinhos e desprotegidos, às vítimas de violência – “em particular as muitas mulheres e crianças que vivem ou viveram o terror desumano do ataque à sua dignidade” -, aos doentes, desempregados, presos e aos que vivem em situação de pobreza.
“Saúdo também os que estão a trabalhar nos hospitais, nas forças de segurança, nas instituições sociais, nos bombeiros, na comunicação social e em todas as demais atividades que permitem o bem-estar de todos nestes dias”, disse, reiterando o reconhecimento aos soldados que se encontram ausentes do país e integram as Forças Nacionais Destacadas em missões de paz e segurança.
Montenegro terminou a mensagem recordando várias efemérides que se assinalaram em 2024, como os 500 anos do nascimento de Luís de Camões e da morte de Vasco da Gama, os 50 anos do 25 de Abril e os 90 e 100 anos de nascimento de Francisco Sá Carneiro e Mário Soares, “dois artífices da democracia”.
“O Governo acredita na capacidade de superação de todos vós, no vosso espírito de solidariedade e tolerância. Trabalhamos juntos para não deixar ninguém para trás”, concluiu.