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Quando ajudar o próximo é uma missão de família

Sara e Francisco conheceram-se nos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz e hoje são pais de uma menina que já lhes segue as pisadas dentro e fora do quartel

Tinha 14 anos quando, a convite de uma amiga, aceitou o desafio de integrar a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz. Hoje, Sara Vieira é a responsável por esta banda filarmónica, incumbência que assumiu há já uma década. Entre os 25 elementos que agregam este grupo, sen­do a sua maioria formada pelo corpo ativo dos Bombeiros, está também o seu companheiro. Trata-se de Francisco Morais, que soma já 20 anos de carreira como bombeiro nesta corporação, integrando a equipa de intervenção permanente.

Da união de ambos nasceu Maria Leonor, que é uma das “mascotes” da Fanfarra, acompanhando assim muitas vezes os seus pais no exercício das suas atividades dentro e fora do quartel. Além disso, a petiz, que tem atualmente cinco anos, já está inserida na Escola de Infantes e Cadetes da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz. «Ela cresceu neste meio e gosta de cá estar connosco. Acho que ajudar já lhe está no sangue», ressalva a mãe, acrescentando que a menina revela «muita curiosidade, pois está sempre a fazer perguntas» e é com «entusiasmo» que vai para a escola dos Bombeiros.

De referir que esta escola se destina à sensibilização e formação no âmbito do voluntariado e da proteção e socorro, tendo como principal objetivo promover uma instrução inicial destinada a habilitar os elementos para um possível ingresso na carreira de bombeiro. Ao mesmo tempo, procura fazer dos jovens infantes e cadetes cidadãos conscientes, fomentando valores morais e éticos e ministrando formação cívica.

«Lá ensinam coisas que parecem básicas, mas que são essenciais, como ligar para o 112 ou como proceder em determinadas situações», explica Sara, revelando “orgulho” ao ver que a filha poderá seguir as pisadas do pai. Contudo, diz que não é fácil ser mulher de um bombeiro, pois está sempre com o “coração nas mãos” por ele. «É uma profissão de risco e muitas vezes não há esse reconhecimento. Ser bombeiro não é só no verão por causa dos incêndios. De inverno também têm as inundações e quedas de árvores. E claro que vão surgindo outras ocorrências. Ser bombeiro é trabalhar todo o ano. Eles arriscam a vida e nem sequer têm subsídio de risco», lamenta.

Dezembro 26, 2024 . 08:40

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