Infeções respiratórias agudas graves aumentam com maior incidência em idosos
As infeções respiratórias agudas graves apresentam uma tendência crescente, com incidência mais elevada nas pessoas com 65 ou mais anos, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). Os dados publicados no Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe revelam que na semana de 16 a 22 de dezembro foram admitidos 35 casos de infeção respiratória aguda grave (SARI) na ULS São José, em Lisboa.
Segundo o INSA, a taxa de incidência de SARI foi de 10,2 por 100.000 habitantes, apresentando uma tendência crescente em relação às semanas anteriores. A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe e Outros Vírus Respiratórios detetou na referida semana 377 casos positivos para o vírus da gripe, dos quais 333 do tipo B e 44 do tipo A. Em 13 dos casos foi identificado o subtipo A(H1N1)pdm09.
De acordo com o boletim, foi detetado na semana de 16 a 22 de dezembro “um maior número de casos de gripe, relativamente às semanas anteriores”, tendo sido reportado um caso de gripe entre as nove Unidades de Cuidados Intensivos que enviaram informação, tendo sido identificado como vírus Influenza B. Foram analisados 20 casos de infeção respiratória aguda/síndrome gripal e foram detetados sete casos positivos para o vírus da gripe e dois casos positivos para o vírus sincicial respiratório. Não foi detetado qualquer caso positivo para o vírus SARS-CoV-2.
De acordo com o INSA, foram também identificados outros agentes respiratórios em 342 casos, sendo o vírus sincicial respiratório o mais frequentemente detetado.
No âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe, na época 2024/2025, com início em 30 de setembro, foram analisados 354 casos de infeção respiratória aguda/síndrome gripal e foram detetados 48 (13,6%) casos de gripe, sendo 42 (87,5%) do tipo B e 6 (12,5%) do tipo A. Foram identificados 11 (3,1 %) casos positivos para SARS-CoV-2 e 7 (2%) casos positivos para o vírus sincicial respiratório.