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Há profissões que não podem parar no Natal nem na Passagem de Ano

Enquanto uns descansam, outros trabalham. Porque há variadíssimas profissões, como é o caso dos enfermeiros ou dos bombeiros, que não podem parar nestas quadras festivas

O Natal é uma das datas mais importantes do calendário português. Este é um dia de reunir a família e aproveitar a companhia. Só que este é um feriado que nem todos conseguem usufruir, tal como o Ano Novo, pois há profissões que não podem parar para que tudo se mantenha em funcionamento. É o caso de Ana Sousa, que é enfermeira há quase 20 anos, e de Wilson Gomes, que é bombeiro há 23. Ambos já perderam a conta aos natais e passagens de ano em que estiveram a trabalhar.

«Antes de ser mãe preferia trabalhar no Natal. Até era eu que me oferecia», conta Ana Sousa sobre o seu início de carreira no Hospital dos Capuchos, em Lisboa. Esteve lá de 2005 a 2019. Foi depois de nascer a filha que esta profissional decidiu que era altura de regressar às suas origens, na Carapinheira, concelho de Montemor-o-Velho, e que passou a dar outro valor aos momentos em família. Atualmente é enfermeira no Hospital Distrital da Figueira da Foz e diz que o Natal é agora a altura em que mais lhe custa estar ao serviço.

«Ninguém pode tirar férias nesta época festiva. Há duas equipas que trabalham em sistema rotativo entre o Natal e a Passagem de Ano. Quando é feita a escala de serviço há sempre o cuidado que todos possam fazer uma refeição em casa com a família. Seja o jantar na noite de Consoada ou o almoço no dia de Natal. Mas nunca é a mesma coisa. Custa sempre ter que sair de casa, quando estamos todos reunidos, para ir trabalhar», comenta a enfermeira.

Como esteve de serviço no hospital no ano passado, este Natal ficou de folga. Não obstante, conta-nos como é passado este dia entre os colegas que estão ao serviço e os utentes que estão internados. «Da parte do hospital há bolo rei ou bolo rainha para incluir na dieta do doente. Já nós colocamos sempre algum adereço natalício. Afinal, sente-se sempre que é um dia diferente e tentamos dar algum alento a todos os que têm que passar este dia no hospital», sublinha Ana Sou­sa, que desta vez irá trabalhar na Passagem de Ano.

O mesmo acontece com Wilson Gomes. Nesta noite de celebração os piquetes de serviço dos Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz terão que estar de prevenção no local do lançamento do fogo-de-artifício. Se há uns anos este profissional preferia estar de folga nesta noite de diversão, desde que é pai que também prefere estar com a família na quadra natalícia. «Há noites que são especiais e esta é uma delas. O Natal é mais importante para mim agora do que era há uns anos. Mas trabalhar nesta altura faz parte desta profissão e a família vai-se habituando», comenta o bombeiro.

No entanto, se estiver de serviço, acaba por ter a vantagem de conseguir receber a visita da família no quartel na noite de Consoada. «Se não houver nenhuma ocorrência ainda conseguimos passar algum tempo juntos», refere Wilson Gomes. O bombeiro destaca ainda que nesta época festiva também «há uma união de grupo diferente» e que, por isso, tentam sempre promover o convívio entre todos. «São demasiadas horas que passamos juntos, por isso, quer queiramos quer não, os piquetes de serviço são a nossa segunda família», remata.

Dezembro 29, 2024 . 08:30

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