Casal perde a vida em incêndio urbano no Monte Formoso
Um homem de 80 anos e a mulher de 77, foram encontrados mortos na apartamento em que que residiam , esta madrugada, no Bairro Monte Formoso, em Coimbra, devido à inalação de fumos, na sequência de um incêndio. As vítimas são Américo Petim, moçambicano da Beira, a residir em Coimbra há várias décadas e que integrava o executivo da União das Freguesias de Coimbra, e a esposa.
«Quando chegámos ao local, tivemos de arrombar a porta de entrada do apartamento do 4.º andar do Lote 19-21 da Rua Cidade de Hall, e as chamas eram muito reduzidas, mas existia uma grande quantidade de fumo. Iniciámos de imediato as buscas de vítimas e encontrámos a senhora, de 77 anos, caída no quarto de banho e, um pouco depois, o homem, noutra divisão», referiu Paulo Serra, sub-chefe de 1.ª classe dos Bombeiros Sapadores de Coimbra.
«Trouxemos o casal para o exterior do apartamento que se encontrava em paragem cardiorrespiratória. Pese embora as manobras efetuadas para reverter o quadro clínico, infelizmente não foi possível esse desfecho, cujo óbito foi declarado no local às 4h15 pelo médico do INEM», sublinhou Paulo Serra.
«Os corpos foram transportados às 7h00 para o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses pelo contingente da Cruz Vermelha Portuguesa da Delegação de Coimbra, restando aos operacionais presentes no local ventilar o apartamento que se encontrava com muito fumo», acrescentou o sub-chefe de 1.ª classe dos Bombeiros Sapadores de Coimbra.
O alerta foi dado às 3h29, muito provavelmente por um vizinho que observou fumo a sair pela varanda do referido apartamento, mobilizando os operacionais dos Bombeiros Sapadores de Coimbra, Bombeiros Voluntários de Coimbra, INEM, Cruz Vermelha Portuguesa, Polícia de Segurança Pública (PSP) e Polícia Judiciária (PJ), num total de 28 elementos, auxiliados por nove viaturas.
O presidente da União das Freguesias de Coimbra, João Francisco Campos, soube da tragédia pouco tempo depois por Luís Correia, homólogo da União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades, manifestando que Américo Petim «era um homem bom, daqueles que o é mesmo, em toda a sua dimensão, em todo o seu ser». «Deixa um legado enorme no fazer bem, como profissional e homem. Foi uma honra tê-lo ao meu lado estes sete anos, uma honra ter privado consigo. Vai-me fazer muita falta, vai-nos fazer muita falta. Que sejamos capazes de perpetuar o seu legado. Até um dia, amigo», registou ainda João Francisco Campos.