Horta comunitária cresce e procura mais agricultores
Há quem cultive com o objetivo claro da alimentação sem grandes custos, mas há também muitas outras razões que podem levar alguém a meter, literalmente, as mãos na terra: ter produtos de qualidade à mesa e de origem biológica, combater o isolamento através do contacto com os vizinhos ou até encontrar um escape para o dia-a-dia atarefado. Podem ser muitas as razões. Não importa qual delas, o que verdadeiramente conta é a vontade de participar numa horta comunitária e ali passar algum tempo. Em Miranda do Corvo, o conceito não é novo. Já remonta, recorda o presidente da Junta, João Paulo Fernandes, ao ano de 2010, quando a Junta decidiu implementar o projeto que agora dá um novo salto, com um novo terreno que permite a instalação de “novos agricultores”.
O crescimento advém do aumento da procura. João Paulo Fernandes reconhece que de início e até 2021 o projeto das hortas comunitárias, que funcionava num terreno junto à vila, nunca parou, mas também nunca teve muitos utilizadores. Contudo, um aumento da procura de interessados na agricultura em modo familiar levaram o autarca a equacionar fazer crescer o projeto. O que faltava, assume, era ter um terreno com dimensões aceitáveis para dividir em lotes.
«Atualmente temos 22 lotes na horta na rua 25 de abril que estão cheios há muito», explica João Paulo Fernandes. Foi preciso procurar para encontrar um novo terreno que permitisse fazer crescer o projeto. Não foi fácil, mas recentemente surgiu quem disponibilizasse um espaço «extraordinário». «Cinco mil metros quadrados que vamos dividir em lotes com, em média, 60 metros quadrados», explica, agradecendo «ao sr. Rogério Rodrigues e ao eleito na Assembleia de Freguesia Carlos Pereira pela disponibilização do espaço»