Anunciados vencedores de bolsas de residência literária Eça de Queiroz
Os vencedores da segunda temporada das Bolsas de Residência Literária Eça de Queiroz para 2024/2025 foram hoje anunciados, tendo sido distinguidos Inês Bernardo, Nelson Nunes, Rita Taborda Duarte, Sofia Carvalho, Sónia Santos e Susana Moreira Marques.
Os galardoados, dados a conhecer numa sessão em Baião, no distrito do Porto, vão ter acesso a uma estadia em Tornes, “local idílico” que inspirou Eça de Queiroz a escrever “A Cidade e as Serras”, e honorários pagos no valor de 1.330 euros, ficando alojados naquela localidade “com todas as condições para terem tempo e sossego para escrever”, segundo informação divulgada pela organização.
As Bolsas de Residência Literária Eça de Queiroz são fruto de uma parceria entre a Imprensa Nacional - Casa da Moeda, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas e a Fundação Eça de Queiroz (FEQ), e visam “promover a produção literária em língua portuguesa”.
Estas bolsas são, segundo a organização, “o mais expressivo programa de residências literárias remuneradas para residentes em Portugal” e já contemplaram autores como Francisco Mota Saraiva, Isabela Figueiredo, Maria António Oliveira, João Pedro Vala e Francisco Sousa Lobo.
Para esta temporada, em que os contemplados foram escolhidos por unanimidade, foram admitidas 113 candidaturas de acordo com critérios como o domínio da linguagem artística, a qualidade cultural e artística do projeto, a adequação da proposta à durabilidade da bolsa e a formação e competências reveladas nos trabalhos já realizados.
Foi também dado a conhecer o cronograma e o regulamento para 2025 do Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz/Fundação Millennium BCP - o envio de candidaturas por parte das editoras ou representantes dos autores decorre até 14 de março e o apuramento dos finalistas por parte da Comissão de Seleção decorre daquela data até 02 de junho.
O prémio - criado em 2014 pela FEQ em parceria com a Câmara de Baião e que, desde 2021, passou a ter uma periodicidade bienal e é atribuído em parceria com a Fundação Millennium BCP - pretende “homenagear Eça de Queiroz, um dos maiores vultos nacionais e internacionais da literatura e cultura portuguesa”, e “promover e incentivar a produção de obras literárias em língua portuguesa”.
Em causa está um valor pecuniário de 10 mil euros e o júri da edição de 2025 é constituído por Ana Luísa Vilela, Bruno Vieira Cabral, Carlos Reis, Isabel Lucas e Luísa Mellid-Franco, decidindo por maioria de voto.
O galardão distingue uma obra ficcional escrita em língua portuguesa e publicada em 2023 ou 2024 por um autor nacional com idade não superior a 40 anos à data da publicação, excluindo anteriores contemplados.
Joana Bértholo (2023) e Frederico Pedreira (2021) são alguns dos autores já distinguidos com este prémio.