Israel reivindica ataque contra centro do Hamas

O exército israelita admitiu hoje ter atacado durante a tarde um alegado “centro de comando e controlo do Hamas” na zona humanitária de Khan Younis, na Faixa de Gaza, matando quatro pessoas.

“A Força Aérea de Israel levou a cabo um ataque com base em informações dos serviços secretos contra terroristas do Hamas que operavam num centro de comando e controlo dentro da zona humanitária de Khan Younis”, segundo o comunicado divulgado.

O ataque teve como alvo uma tenda de campanha que funcionava como esquadra de polícia temporária na chamada “zona humanitária”, onde se concentram milhares de pessoas deslocadas.

O atentado matou quatro pessoas, segundo fontes médicas palestinianas, e ocorre numa altura em que Israel concentra os seus ataques em alvos policiais na Faixa de Gaza, dirigidos pelo Hamas.

“O centro de comando era utilizado pelos terroristas do Hamas para planear e executar ataques contra as tropas das FDI e o Estado de Israel”, declarou o exército.

Um caça israelita atingiu um suposto combatente da ‘Jihad’ Islâmica, que, segundo Israel, “executava ataques terroristas a partir da zona humanitária de Deir al-Balah”, no centro do enclave.

O exército também informou hoje sobre uma operação realizada no início desta semana, na qual matou um alto comandante da ‘Jihad’ Islâmica, Saed Zaki Dahnun, em combates “corpo a corpo” na área de Beit Lahia. Esta foi uma área onde Israel ordenou no domingo passado a evacuação do hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza, onde tem conduzido uma dura ofensiva de “terra queimada” durante três meses.

De acordo com Israel, Dahnun infiltrou-se em território israelita durante os ataques de 07 de outubro de 2023 e era comandante de uma companhia e vice-chefe da unidade de mísseis da ‘Jihad’ Islâmica no norte da Faixa de Gaza.

O exército divulgou também um vídeo que mostra Dahnun antes da sua morte, coberto com cobertores enquanto avança em direção às tropas israelitas, quando se segue um rápido confronto com os soldados da Brigada Givati, no qual “foi eliminado” enquanto outro miliciano se rendeu.

“Os soldados capturaram o terrorista e levaram-no para Israel para ser investigado. Durante a captura, um dispositivo explosivo que ele carregava foi localizado”, disse o exército.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita em 07 de outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação em grande escala no enclave palestiniano, que já matou mais de 45 mil pessoas segundo as autoridades locais, e deixou o território destruído, a quase totalidade da população deslocada e mergulhada numa grave crise humanitária.