Supervisão dos media indianos pede inquérito a morte de jornalista
A organização indiana de supervisão dos media exigiu hoje um inquérito rigoroso após a descoberta do corpo de um jornalista numa fossa cética coberta de betão.
O jornalista independente Mukesh Chandrakar, 28 anos, fez várias reportagens sobre a corrupção e a insurreição maoista que assolam há meio século o estado de Chhattisgarh, no centro da Índia.
Dirigia também um canal popular no YouTube, chamado "Bastar Junction".
Preocupado com a sua morte, o Conselho de Imprensa da Índia pediu um relatório detalhado sobre o caso, num comunicado emitido no sábado à noite.
O corpo do jornalista foi encontrado na sexta-feira no estado de Chhattisgarh através do rastreamento do telemóvel, após o alerta da família para o seu desaparecimento.
Três pessoas foram detidas no âmbito deste caso.
Mais de 10.000 pessoas morreram devido à insurreição liderada desde os anos 1960 pelos rebeldes maoistas "naxalitas", que afirmam lutar pelo direito da população indígena marginalizada na região central da Índia, rica em recursos naturais.
Vishnu Deo Sai, ministro chefe de Chhattisgarh e membro do partido no poder na Índia, qualificou a morte de Chandrakar como trágica e prometeu "a mais severa punição" para os responsáveis.
No ano passado, a Índia ocupava a 159.ª posição, em 180, na classificação mundial da liberdade de imprensa, avaliada pelos Repórteres Sem Fronteiras.