Coimbra recebe este ano 11 Concertos para Bebés no Convento São Francisco
O ano de 2025 marca a história dos Concertos para Bebés pelo início da aplicação de tecnologia que vai «elevar o lugar do bebé ao de criador e compositor», tal como referiu o fundador e diretor artístico, Paulo Lameiro.
Trata-se do projeto “Amplify”, que mobiliza 14 instituições internacionais.
Uma mão cheia de atuações, com o Convento São Francisco a receber 11 concertos até final do ano, sendo que as primeiras sessões acontecem em Leiria, depois Coimbra e, em seguida, Sintra e pontualmente em Pombal e Loulé.
A abrir a programação na cidade dos estudantes, o Convento de São Francisco recebe já no dia 12, às 10h00 e as 11h30 o concerto “Uma mãe fado e um pai guitarra” que traz o olhar meigo da Vânia Conde e os dedos fadistas do Ricardo Parreira.
Depois, em cada mês há sempre um espetáculo, a 9 de fevereiro, “Uma mãe violino”, com Ana Pereira, a 9 de março, Alberto Roque e Isabel Catarino protagonizam “Uma voz que é colo de um saxofone” e, a 13 de abril, o clarinetista Paulo Bernardino dá fôlego a “Um tio clarinete de botões luminosos”.
Para 11 de maio, a Musicalmente programou com Inesa Markava “Mãe e filha de cores e poemas” e, a 8 de junho, “Um pai de sons em forma de hang”, com Daniel Reis.
Já a 13 de Julho, repete-se o espetáculo “Uma arraial de cavaquinhos, seus tios e primos” que foi primeiro apresentado em Leiria e representa a estreia de um solista, Amadeu Magalhães.
A propósito, Paulo Lameiro referiu que «num ano marcado pela inovação tecnológica, a tradição não foi esquecida.
É disso exemplo este concerto com Amadeu Magalhães, «que vai trazer o cavaquinho e a música tradicional portuguesa com um dos seus expoentes instrumentais».
Para 14 de setembro, “Pais e amigos de palhetas várias” dá protagonismo ao acordeão de Pedro Santos e ao saxofone de José Lopes.
Em Outubro, o dia 12 marca o regresso de Luísa Sobral aos Concertos para Bebés com “Quatro filhos de tantas canções”. “Irmãs tecidas de cordas coloridas” convoca a harpa e a teorba para famílias a 9 novembro e a fechar o ano, a 21 de dezembro, “Natal a 2 irmãos de Cuba na voz e na alma”, junta à equipa Musicalmente David e Sandra Lamy.
Para Paulo Lameiro, este 27.º ano de atividade da proposta dedicada à primeira infância «seguramente que vai ficar na história dos Concertos para Bebés, pela semente que germinará. Queremos elevar o lugar do bebé ao de criador e compositor da obra que será tocada pelos nossos músicos profissionais».
Paulo Lameiro refere que o projeto “Amplify” prevê criar até 2027 uma solução de software e hardware com recurso à inteligência artificial e realidade aumentada para bebés ‘escreverem’ uma partitura em tempo real e ‘cantarem’ e ‘tocarem’ para os pais.
Uma das soluções tecnológicas vai permitir escrever partituras em tempo real, a partir da recolha de informação diversa, como o movimento e sons emitidos pelos bebés, mas também dados biométricos recolhidos por sensores colocados nos bebés.
Internacionalmente, os Concertos para Bebés viajam em fevereiro até à Philharmonie do Luxemburgo, para estrear “BoOmBoOm”, que junta artistas da Musicalmente a intérpretes europeus. Em 2025, o projeto vai atuar pela primeira vez em Itália e na Escócia.|
Bebés vão “escrever” música
O projeto "Amplify" foi apresentado em novembro, em Leiria e junta especialistas individuais, universidades e instituições de produção musical de Portugal, Noruega, Itália, Espanha, Reino Unido, Países Baixos, Irlanda e França como objetivo de desenvolver novas ferramentas, nomeadamente a criação dos 'softwares' "Portable A" e "Immersive A".
Uma das soluções tecnológicas vai permitir escrever partituras em tempo real, a partir da recolha de informação diversa, como o movimento e sons emitidos pelos bebés, mas também dados biométricos recolhidos por sensores colocados nos bebés.
O resultado será apresentado em junho de 2027, num festival a realizar em Leiria.