Filarmónica Quiaense assinala 156 anos de música e de história
2025 ainda está no início e a Filarmónica Quiaense já não aceita mais convites para atuações no mês de agosto por ter a agenda cheia. Quem o revela é Augusto Marques, presidente da Casa do Povo de Quiaios, instituição onde se iniciou o processo de integração em 1977 e que se mantém como seu suporte jurídico nos dias de hoje. «Temos tido uma atividade regular, o que nem sempre é fácil de gerir por termos muitos jovens a estudar na universidade, mas sem dúvida que fazemos um balanço extremamente positivo», ressalva o responsável, no âmbito das comemorações do 156º aniversário da banda.
Atualmente dirigida pelo maestro António José Loureiro Jesus, a Filarmónica Quiaense é composta por 55 elementos, sendo que o mais novo tem 11 anos e o mais velho tem 64. Aliás, refira-se que a maioria da banda é integrada por jovens com menos de 25 anos. «É uma dificuldade acrescida, porque é muita gente da mesma idade a fazer a mesma coisa [estudar] e tem que haver uma gestão diferente daquela que havia há uns anos… Mas é uma adaptação que vamos fazendo», comenta Augusto Marques, afiançando que não está em causa a continuidade da filarmónica, pois perspetiva-se «um ano de atividade regular», tal como no ano anterior.
E para manter essa atividade é necessário investir, todos os anos, em fardamento e instrumentos. «De há 15 anos para cá é uma necessidade que há sempre e, por ano, são gastos na ordem dos dez mil euros para manter a continuação/renovação destes equipamentos», destaca o responsável. De salientar que para além das atuações da banda, a Filarmónica Quiaense oferece uma formação musical que inclui aulas individuais, solfejo, classe de conjunto e audições para diversos instrumentos, nomeadamente, clarinete, trompete, flauta, percussão, bateria, saxofone, tuba, bombardino, trombone, trompa, piano, guitarra e guitarra elétrica.
Com um longo percurso dedicado em exclusivo ao ensino e divulgação da música, feito através da escola de música, coro litúrgico e filarmónica, a associação está de parabéns por estes dias uma vez que, após a aprovação dos primeiros estatutos em 1869, adotou o Dia de Reis para as celebrações de aniversário. Assim, depois da salva de morteiros e da execução do hino da filarmónica no passado dia 5, a sessão solene comemorativa da efeméride terá lugar no próximo domingo, às 15h00, na Casa do Povo de Quiaios. Antes porém, a partir das 9h00, realiza-se uma missa de sufrágio em memória dos fundadores, maestros e elementos da banda já falecidos, com a atuação do Coro Litúrgico da Filarmónica Quiaense, seguindo-se uma romagem ao cemitério local.
Por fim, as celebrações encerram a 23 de fevereiro com um concerto - “Um dia em Quiaios VII” - com o compositor e maestro Hélder Bettencourt, na Casa do Povo de Quiaios, a partir das 15h30.|