Magia da Final Four fora das quatro linhas
A magia da Allianz CUP joga-se fora de campo e, nesta noite de meia-final entre Benfica e Sporting de Braga, quatro jovens viveram momentos para nunca mais esquecer.
Pelo lado do SL Benfica, o Rúben e a Marta foram os protagonistas. O Rúben, de 13 anos, é o rosto de uma história de coragem. Diagnosticado com leucemia em agosto de 2012, passou por um tratamento repleto de desafios até a doença entrar em remissão em outubro de 2014. Desde então, tem sido acompanhado pelo IPO de Lisboa, onde este ano celebrou 10 anos de remissão. Fã incondicional do SL Benfica, sonhou em comemorar o aniversário no clube, o que aconteceu aos cinco anos, num momento de pura felicidade. Atualmente, joga futebol no Águias da Musgueira, mantendo viva a paixão que nutre pelo desporto e pelo clube do coração, revela a Liga Portugal.
Resiliência é a palavra que define a Marta. Com apenas 14 anos, vive há uma década com leucemia, doença que levou à amputação de uma perna. «A sua luta tornou-se ainda mais difícil com a perda do irmão mais novo, que enfrentava a mesma doença», conta a Liga. Apesar de todos os obstáculos, a Marta mantém uma força inspiradora e o amor pelo SL Benfica ajuda a preencher os seus dias de esperança.
Do lado do SC Braga, Ricardo Marques e Jorge Oliveira foram os adeptos que tiveram a oportunidade de viver momentos inesquecíveis. O Ricardo, de 28 anos, é sócio do clube e, sempre que pode, está nas bancadas a apoiar. Diagnosticado com Parkinson precoce aos 20 anos, enfrenta limitações na mobilidade e autonomia, mas encontrou um novo sentido de comunidade na CERCIBraga, onde vive numa residência de autonomia partilhada com outros colegas.
«Determinado e resiliente», o Ricardo trabalha diariamente para superar as adversidades e não esconde o orgulho de ser um fervoroso adepto do SC Braga.
O Jorge, de 35 anos, é também «um símbolo de superação». Após enfrentar um passado marcado pelo consumo de álcool e pela falta de condições familiares, encontrou na CERCIBraga o apoio necessário para reerguer a sua vida. «Hoje, partilha um apartamento com colegas, tem um trabalho onde é valorizado e vive com autonomia e alegria», destaca a Liga.