Bombeiros de Arganil querem novo quartel que reúna todos os seus serviços
A direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Argus, de Arganil, pretende construir um quartel de raiz, que albergue todos os serviços da corporação. Nesse sentido, durante o ano transato, procurou um terreno para esse efeito, tendo encontrado várias possibilidades, uma das quais numa das entradas da vila.
«Há várias hipóteses em cima da mesa para puderem ser discutidas e aprovadas em sede própria», referiu o presidente da direção, Pedro Pereira Alves, aquando da realização da assembleia-geral, em que foram aprovados por unanimidade o orçamento e plano de atividades para o corrente ano. Ainda assim, ressalvou o dirigente, «a equacionar-se a aquisição do terreno necessário a um novo quartel (5 ha), é óbvio que o mesmo só pode avançar depois de haver a garantia de que existe promotor ou promotores para investir no aproveitamento dos cerca de 7.000 m2 de que a Associação é titular».
O presidente garantiu que o atual quartel «jamais será vendido» e após uma requalificação «deverá ficar sempre como marco histórico dos Bombeiros», com um salão nobre ampliado para as sessões públicas dos bombeiros, formação, eventos culturais e artísticos e no rés-do-chão para a instalação de um Museu dos Bombeiros.
Segundo Pedro Pereira Alves, estão a ser feitos contactos com vários promotores de investimentos habitacionais, turísticos e outros e este ano, afirmou, «pode ser determinante para decisões importantes para o futuro da Associação».
As atuais instalações dos Bombeiros, frisou, «apesar de estarem localizadas em pleno centro da vila, não dispõem das condições operacionais indispensáveis a uma organização racional e rápida das intervenções operacionais», daí a necessidade de construção de um novo quartel, pese embora tenha sido aventada a hipótese de se ampliarem as atuais instalações. Para esse efeito, foi adquirido o terreno adjacente e agendada uma reunião com o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil para a obtenção do necessário parecer favorável. Depois da vistoria às instalações, a conclusão do técnico especializado da Proteção Civil foi a de que seria de equacionar a construção de um novo quartel em local onde fosse possível concentrar todos os serviços, equipamentos, dormitórios, armazéns, gabinetes, salas de formação, de reuniões e outras, garagens para todas as viaturas e parada para treinos do corpo ativo.
Ainda segundo Pedro Pereira Alves, o técnico salientou então que os terrenos e imóveis da associação localizados no centro da vila têm um valor de mercado bem elevado para efeitos habitacionais e outros, o que compensava «amplamente a construção de um novo quartel». Um parecer que, de acordo com o dirigente, «veio confirmar as ideias já concebidas e discutidas» por todos os responsáveis da associação, «num debate de ideias que tem vindo a desenvolver-se ao longo do ano de 2024».
Ainda sobre o plano de atividades aprovado, aquele responsável, sublinhou que no documento «estão plasmadas reflexões, experiências e as várias propostas que, ao longo de 2024, foram sendo recolhidas pela direção e posteriormente analisadas e aprovadas por este órgão, englobando-se todos os objetivos estratégicos que foram fixados nos últimos anos para encontrar a tão desejada sustentabilidade económica e financeira desta instituição».