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Edmundo González exige libertação imediata da líder da oposição

María Corina Machado foi hoje detida pelas forças de segurança venezuelanas

O candidato da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, exigiu hoje a libertação imediata da líder opositora, María Corina Machado, detida pelas forças de segurança venezuelanas quando reapareceu numa manifestação em Caracas, após quatro meses escondida.

“Como presidente eleito, exijo a libertação imediata de María Corina Machado. Às forças de segurança que a raptaram, digo: não brinquem com o fogo”, sublinhou o líder da oposição numa breve mensagem publicada nas suas redes sociais.

Machado, que estava escondida desde 28 de agosto, apareceu hoje em Chacao, na área metropolitana de Caracas, para participar nas manifestações a reclamar a vitória de Edmundo González nas eleições presidenciais de julho passado, na véspera da data marcada para a posse do Presidente venezuelano.

O Comando Venezuela confirmou nas redes sociais que a oposição foi “violentamente intercetada” em Chacao, denunciando que “membros do regime dispararam contra as motas que a transportavam”. Pouco depois, a organização Human Rights Watch confirmou a detenção da líder da oposição.

Vestida de branco e agitando uma bandeira venezuelana, Maria Corina Machado chegou ao comício no distrito comercial de Chacao num camião, sob muitos aplausos.

“Nunca me senti tão orgulhosa na minha vida. Em toda a Venezuela as pessoas saíram à rua”, disse, ao chegar ao local onde milhares de pessoas a esperavam há horas.

A opositora garantiu ainda que os próximos dias serão “históricos e decisivos para a liberdade” do país caribenho, no âmbito do “impressionante” movimento de cidadãos.

“Estamos, a partir de hoje, numa nova fase. Temos estado a preparar-nos para estes dias e estas semanas”, disse Machado à multidão.

Para Machado, principal apoiante de González Urrutia, “o fim do regime chavista” dependerá do que este fizer na sexta-feira, quando está prevista a tomada de posse presidencial.

A ex-deputada tinha apelado aos apoiantes da oposição para se manterem concentrados em “toda a Venezuela”, com “serenidade e firmeza”, e para se manifestarem pela “luta” e “conquista” da “liberdade”, e com “a mesma energia” do dia 28 de julho, quando, segundo a oposição, González Urrutia venceu as presidenciais por larga margem.

Edmundo González Urrutia, que se exilou em Espanha em setembro após ter sido alvo de mandados de captura, anunciou que estará "muito em breve" em Caracas e tem reiterado que tenciona assumir a Presidência do país.

O ditador Nicolás Maduro foi proclamado vencedor das presidenciais de 28 de julho, com 52% dos votos, pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), considerado sob controlo do poder, e tenciona ser indigitado na sexta-feira para um terceiro mandato presidencial de seis anos.

O CNE não divulgou as atas eleitorais das assembleias de voto, afirmando ter sido vítima de um ataque informático, um argumento considerado pouco credível por muitos observadores.

A oposição, que divulgou as atas eleitorais fornecidas pelos seus escrutinadores, garante que o seu candidato, Edmundo González Urrutia (sucessor de María Corina Machado, que foi desqualificada pelas autoridades), obteve mais de 67% dos votos.

Janeiro 9, 2025 . 21:20

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