Freguesia de Meruge acusa queijarias de poluir o Rio Cobral
A situação já não é nova e no início deste ano a situação voltou a repetir-se na pequena localidade de Meruge, no concelho de Oliveira do Hospital e localizada no limite geográfico com o Município de Seia. Foi a própria Junta de Freguesia de Meruge que alertou para as descargas ilegais que terão sido realizadas no início do ano no Rio Cobral.
«A origem destas descargas ilegais é de quatro queijarias da Catraia de São Romão (já no concelho de Seia) que estão localizadas junto ao Rio Cobral», acusou João Abreu, presidente da Junta de Freguesia, em conversa com o Diário de Coimbra.
Segundo o autarca, «a situação é recorrente e já acontece há mais de 20 anos». «Isto é um verdadeiro crime ambiental», alertou.
O leito do rio que passa no centro da localidade ficou «contaminado» pelas descargas de «químicos» das indústrias de lacticínios.
«As indústrias estiveram a produzir no seu auge nesta altura do ano e tinham os tanques cheios, quando houve a previsão de chuva eles abriram as portas e descarregaram para o rio», denunciou o autarca, não escondendo a revolta pela falta de soluções das autoridades competentes, mesmo após várias denúncias feitas ao longo dos anos. «Até hoje o resultado é zero», lamentou, acrescentando que a Junta de Freguesia tem alertado a GNR, os municípios de Oliveira do Hospital e de Seia e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), mas «nada fazem».
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