Educadora de creche em Aveiro acusada de agredir criança
Uma mãe de uma criança de 5 anos do Centro Social de Esgueira, em Aveiro, apresentou uma queixa-crime na PSP contra uma educadora que acusa de ter agredido o filho na sala de aula.
O caso ocorreu em 15 de novembro de 2024 numa sala do pré-escolar do Centro Social de Esgueira em Aveiro, onde já tinha havido uma situação idêntica com outra educadora no passado.
Em declarações à Lusa, a mãe da criança disse que os atos de violência foram presenciados por uma auxiliar e por um dos elementos da direção que foi chamado à sala.
“Aquilo que me informaram que aconteceu foi que a educadora demonstrava estar descontrolada, sacudindo o meu filho pela sala, com movimentos mais bruscos, e que ela também já teria proferido algumas palavras pouco ortodoxas, pelo facto de ele ter tentado fugir da sala umas quantas vezes durante a manhã”, relatou.
Contou ainda que, quando foi buscar a criança à creche, ela apresentava marcas vermelhas num dos braços, adiantando que o filho lhe disse também que a educadora lhe tinha dado uma palmada no rabo.
A progenitora disse que esta foi a primeira vez que teve conhecimento de comportamentos agressivos por parte da educadora.
Os pais apresentaram uma queixa-crime na PSP e o caso seguiu para o Ministério Público. A Lusa questionou a Procuradoria Geral da República, mas não recebeu resposta até ao momento.
Contactada pela Lusa, fonte do Centro Social de Esgueira confirmou que a educadora se encontra suspensa de funções, estando a decorrer um procedimento disciplinar interno.
A mesma fonte adiantou ainda que não têm nenhum registo anterior de agressões envolvendo a educadora em causa.
Esta é a segunda vez que uma educadora da instituição surge envolvida em casos de maus tratos a crianças que frequentam a creche.
O outro caso ocorreu em 2019 e 2020 e envolveu uma educadora, suspeita de ter agredido várias crianças que estavam a seu cargo.
A mulher, de 64 anos, que, entretanto, foi despedida, após um processo disciplinar, foi condenada no Tribunal de Aveiro a um ano e quatro meses de prisão suspensa, por dois crimes de ofensa à integridade física qualificada, tendo sido absolvida de nove crimes de maus tratos.
O tribunal deu como provada apenas a factualidade relacionada com “palmadas que foram desferidas” a duas crianças de 1 ano, em duas ocasiões distintas, durante a sesta e no fraldário.
O Ministério Público recorreu desta decisão para o Tribunal da Relação do Porto, não havendo ainda uma decisão.