Mais de 40% de condutores vítimas mortais estavam alcoolizados
Em 2022, os condutores vítimas mortais autopsiados pelo Instituto Nacional de Medicina Legal
e Ciências Forenses (INMLCF) com uma Taxa de Álcool no Sangue superior a ,50g/l (92) representaram 40,2% do total dos condutores autopsiados (229), sendo que mais de metade (66) apresentavam TAS igual ou superior 1,20g/l, representando 28,8% do total.
Os dados constam do Relatório 2022 - Condução sob a Influência de Álcool, da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), hoje divulgado, que, ainda assim, dá conta da diminuição dos infratores por condução sob influência de álcool. No Relatório 2022 - Condução sob a Influência de Álcool, hoje divulgado, entre 2013 e 2022, o número de infratores com Taxa de Álcool no Sangue (TAS) até 1,19g/l diminuiu 48,4% (de 28.582 para 14.756) e o número de infratores com TAS≥1,20g/l baixou 15,4% (de 25.011 para 21.162).
Em termos de sinistralidade rodoviária, os sinistros em que pelo menos um dos condutores intervenientes apresentava uma TAS igual ou superior a 0,50g/l (2.904 em 2022), têm consequências mais graves do que as consequências dos sinistros que envolvem condutores com TAS inferior 0,50g/l, indica o estudo.
«Entre 2016 e 2022, embora a média dos sinistros envolvendo condutores sob o efeito de álcool represente 7,2% da sinistralidade geral, estes acidentes estão na origem de 21,6% do total de vítimas mortais e de 18,3% do total de feridos graves, o que evidencia a sua maior gravidade», destaca a ANSR.
«O número de testes realizados no âmbito da fiscalização para deteção do estado de condução sob influência de álcool aumentou progressivamente entre 2013 e 2022, com exceção de 2020 e 2021, consequência, em grande medida, da redução da circulação rodoviária resultante dos confinamentos decretados em contexto de pandemia», indica a ANSR, acrescentando que, em 2022, foram fiscalizados 2 milhões de condutores, um número superior em 25,9% aos efetuados em 2013 (1,6 milhões).