Areaclientedc
Última Hora
Horizontal Alma Shopping
Pub

Hamas e Jihad Islâmica aprovam acordo de cessar-fogo com Israel

Grupos da resistência chegaram a um acordo entre si e informaram os mediadores sobre a sua aprovação do acordo de troca de reféns

O movimento islamista Hamas e o grupo Jihad Islâmica aprovaram o acordo para um cessar-fogo com Israel e a libertação de reféns israelitas na Faixa de Gaza, disseram à agência France-Presse duas fontes palestinianas próximas das negociações.

"Os grupos da resistência chegaram a um acordo entre si e informaram os mediadores sobre a sua aprovação do acordo de troca [de reféns na Faixa de Gaza por prisioneiros palestinianos] e sobre o cessar-fogo", declarou uma das fontes por telefone a partir do Cairo.

Outra fonte palestiniana próxima das negociações confirmou à France-Presse estas declarações, também sob condição de anonimato.

Poucos dias antes do regresso do Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, à Casa Branca, intensificaram-se discussões indiretas com vista a uma trégua associada à libertação de reféns mantidos em território palestiniano desde o ataque do Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023.

O Qatar, principal mediador com os Estados Unidos e o Egito, disse na terça-feira que as negociações estavam "na fase final" e que os "principais problemas" haviam sido resolvidos, esperando um acordo "muito em breve".

Segundo duas fontes próximas do Hamas, deverão ser libertados 33 reféns durante a primeira fase, em troca de mil palestinianos detidos por Israel. Os reféns seriam libertados "em grupos, começando pelas crianças e mulheres".

O Governo israelita confirmou na terça-feira a libertação desse número de reféns e estava preparado para libertar "centenas" de prisioneiros palestinianos.

Uma autoridade israelita disse na terça-feira que as negociações para a segunda fase do acordo começariam no 16º dia após o início da primeira fase.

Esta segunda fase diria respeito à libertação dos últimos reféns, “que são soldados e homens em idade de serem mobilizados”, bem como ao regresso dos corpos dos raptados que morreram, segundo o jornal Times of Israel.

Entretanto, uma autoridade israelita disse na terça-feira que Israel não deixaria "Gaza até que todas as vítimas regressassem, os vivos e os mortos".

Segundo os meios de comunicação israelitas, Israel poderá manter uma "zona tampão" de norte a sul da Faixa de Gaza durante a primeira fase.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, propôs na terça-feira o envio de uma força de segurança internacional para Gaza e a transferência do território sob a responsabilidade da ONU. Referiu ainda que a Autoridade Palestiniana, que tem autoridade administrativa parcial na Cisjordânia ocupada, deverá no futuro retomar o controlo de Gaza.

O primeiro-ministro palestiniano, Mohammed Mustafa, afirmou que a comunidade internacional deve manter a pressão sobre Israel para que aceite a criação de um Estado palestiniano após uma trégua.

Israel "deve compreender o que é justo e o que é injusto, e que o poder de vetar a paz e o Estado palestiniano deixará de ser aceite ou tolerado", afirmou Mustafa.

Das 251 pessoas raptadas pelo Hamas e aliados no ataque de 07 de outubro de 2023 a Israel, 94 continuam reféns em Gaza, 34 das quais estão mortas, segundo o exército israelita.

O ataque resultou na morte de 1.210 pessoas do lado israelita, a maioria civis, de acordo com um levantamento da France Presse baseada em dados oficiais.

Pelo menos 46.707 pessoas, a maioria civis, foram mortas na campanha militar de retaliação de Israel na Faixa de Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pelas Nações Unidas.

Janeiro 15, 2025 . 17:13

Partilhe este artigo:

Junte-se à conversa
0

Espere! Antes de ir, junte-se à nossa newsletter.

Comentários

0 Comentários
Feedbacks Embutidos
Ver todos os comentários
Fundador: Adriano Lucas (1883-1950)
Diretor "In Memoriam": Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: Adriano Callé Lucas
94 anos de história
bubblecrossmenuarrow-right