Salão de nobre de câmara municipal acolhe casamento
A realização de uma cerimónia civil de casamento entre pessoas do mesmo sexo no salão nobre da Câmara de Seia está a dividir opiniões. Como noticia o jornal online Seia Digital, um dos noivos é natural do concelho, reside em França, mas «tinha o sonho» de casa nos Paços do Concelho.
Segundo o jornal, quando contatou a autarquia, terá explicado que «teria um gosto especial em poder casar-se neste solar», adiantando também que a celebração de casamentos civis em edifícios públicos «são comuns» em França, recebendo a autorização de Luciano Ribeiro para a realização da cerimónia.
Citado pelo Seia Digital, o presidente da Câmara Municipal disse ter achado o pedido «estranho», mas analisada a situação, o tempo de duração da cerimónia (45 minutos) e o número de pessoas envolvidas (30), deu luz verde. «Não vi particular mal em poder satisfazer o sonho de alguém em querer casar-se no Município», referiu.
O assunto foi abordado em reunião de câmara pela vereadora do PSD, Susana Ferreira, que alertou para o fato de se estar a «abrir um precedente» ao permitir a realização de uma cerimónia de casamento no edifício.
Segundo o Seia Digital, a vereadora questionou o presidente sobre que tipo de taxas «se paga por este tipo de serviço», que funcionários vão estar ao serviço do Município.
Às questões da vereadora do PSD, o presidente, noticia a publicação, referiu que os noivos «não vão ter que pagar nada» à Câmara, porque o evento «não está» previsto no Regulamento de Taxas.