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Governo israelita aprovou acordo de cessar-fogo com o Hamas

Plano para a libertação dos reféns entrará em vigor este domingo

O Governo israelita aprovou na madrugada de sábado (hora local) o acordo para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e para a libertação de reféns mantidos no enclave após 15 meses de guerra entre Israel e o Hamas.

"O governo aprovou o plano de libertação dos reféns", pode ler-se, no texto publicado pelo gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

"O plano para a libertação dos reféns entrará em vigor no domingo, 19 de janeiro de 2025", refere ainda.

Os mediadores Qatar e EUA tinham anunciado o cessar-fogo na quarta-feira, mas o acordo ficou pendente durante mais de um dia, uma vez que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insistiu que houve complicações de última hora que atribuiu ao movimento islamita palestiniano Hamas.

O Conselho de Ministros de Israel tinha iniciado na sexta-feira à noite a reunião para votar o acordo de cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza, já aprovado pelo Gabinete de Segurança.

O Gabinete de Segurança do Governo de Israel tinha dado na sexta-feira luz verde ao acordo de tréguas com o Hamas, que prevê a troca de 33 reféns detidos na Faixa de Gaza por centenas de palestinianos em cadeias israelitas, recomendando ao Governo a aprovação do cessar-fogo após examinados "todos os aspetos políticos, de segurança e humanitários do acordo proposto, e considerando que este apoia a realização dos objetivos de guerra”.

O fim definitivo das hostilidades será negociado durante a primeira fase do entendimento, que prevê ter início no domingo, com a suspensão dos combates e libertação dos primeiros prisioneiros, e que se prolonga por 42 dias.

As famílias dos reféns foram informadas e estavam em curso os preparativos para os receber.

Segundo duas fontes próximas do Hamas citadas pela agência France Presse (AFP), o primeiro grupo deverá ser incluir três mulheres israelitas.

Em troca, Israel concordou "libertar vários prisioneiros importantes", adiantou uma das fontes.

As autoridades israelitas designaram hoje 95 prisioneiros que poderão ser libertados no domingo, a maioria dos quais mulheres e menores, e muitos deles detidos já depois de 07 de outubro de 2023, data do início da guerra.

O acordo, resultado de negociações prolongadas e intensas, foi divulgado antes do regresso do republicano Donald Trump à Casa Branca, previsto para segunda-feira.

Além das libertações iniciais de reféns, a primeira fase inclui, de acordo com o Presidente norte-americano cessante, Joe Biden, "um cessar-fogo total" e uma retirada israelita de áreas densamente povoadas, bem como o aumento da ajuda humanitária ao enclave destruído.

A segunda fase deverá permitir a libertação dos últimos reféns, antes da terceira e última etapa dedicada à reconstrução da Faixa de Gaza e à restituição dos corpos dos reféns que morreram no cativeiro do Hamas.

O conflito em curso foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou quase 47 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Janeiro 18, 2025 . 00:17

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