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O PIX já chegou a Portugal: atenção aos esquemas fraudulentos

Saiba como identificar e evitar o golpe das falsas cobranças do PIX, que chegou a Portugal. Proteja-se com medidas de segurança e ferramentas como VPN.

O aumento do número de cidadãos brasileiros a trabalhar em Portugal ou em visita turística levou as instituições financeiras a disponibilizarem o PIX em território nacional. A sua popularidade também chamou a atenção dos cibercriminosos, mas há formas de evitar cair nesta burla.

 

Aquele que é considerado o principal meio digital de pagamento no Brasil está apenas disponível em algumas lojas físicas em Aveiro e Braga, mas deverá expandir-se brevemente por todo o território português. Partilhando muitas semelhanças com o Mbway, o PIX não obriga a ter cartão bancário, mas é preciso ter conta numa entidade bancária brasileira. Os pagamentos através de meios digitais são gratuitos.

Quando aparece uma nova forma de pagamento, é normal os consumidores terem dúvidas, uma brecha que os cibercriminosos tentam aproveitar para enganar os mais distraídos. No Brasil, o fisco acaba de alertar para um golpe que utiliza o nome da instituição para enganar vítimas e extorquir dinheiro através de cobranças falsas de taxas PIX.

Os criminosos atuam de forma bem estruturada: entram em contacto com as vítimas através de redes sociais, e-mails ou chamadas telefónicas, alegando que a Receita Federal passou a cobrar via PIX uma taxa sobre transferências superiores a cinco mil reais, o que corresponde a aproximadamente 800 euros.

Para dar credibilidade à abordagem, apresentam recibos falsos que, quando pagos, direcionam os valores para contas controladas pelos golpistas. Este esquema explora tanto a confiança nas instituições como o desconhecimento dos utilizadores sobre as regras do sistema PIX.

Entre os principais fatores que contribuem para o sucesso deste golpe, destacam-se:

  • O uso do nome da Receita Federal (o fisco brasileiro), que confere aparente legitimidade à mensagem.
  • A imposição de prazos limitados de pagamento, que cria um senso de urgência: ao ameaçar com multas ou penalidades, os golpistas tentam precipitar decisões rápidas.
  • Falta de informação sobre o PIX: o desconhecimento torna os utilizadores mais vulneráveis.

 

Como evitar ser enganado

Proteger-se contra este tipo de fraude requer precaução e atenção. Neste, como noutros casos, é fundamental verificar as informações diretamente nos canais oficiais das instituições envolvidas, desconfiar de mensagens que criem uma sensação de urgência ou ameacem com penalizações graves e evitar clicar em ligações suspeitas enviadas por remetentes desconhecidos ou não solicitados.

Além disso, ferramentas tecnológicas, como as VPN (se ainda não sabe, descubra aqui o que é uma VPN), são aliadas importantes na prevenção de golpes, já que oferecem uma camada suplementar de segurança ao encriptarem os dados de navegação e ocultarem o endereço IP do utilizador. Desta forma, dificultam a atuação de hackers, especialmente nas redes Wi-Fi públicas, frequentemente exploradas por criminosos para intercetar informações sensíveis.

Além do uso de uma VPN, há outras medidas simples, mas eficazes, que podem reduzir o risco de ser apanhado numa fraude:

  • Manter os seus dispositivos e aplicações atualizados: as atualizações corrigem vulnerabilidades que os hackers tentam explorar.
  • Ativar a autenticação de dois fatores (2FA): esta funcionalidade acrescenta uma camada de proteção ao acesso às contas.
  • Informar-se sobre segurança digital: conhecer os tipos de golpes e as melhores práticas de proteção ajuda a identificar situações de risco.

Não se esqueça de que os cibercriminosos procuram soluções imaginativas para o enganar e de que as falhas no seu sistema de segurança são o ponto de partida para a execução dos golpes.

 

PIX em Portugal: cuidados redobrados

Popularizado pela capacidade de agilizar pagamentos rápidos e seguros, o PIX foi lançado no final de 2020, contando hoje com mais de 50 milhões de utilizadores registados. As tentativas de fraude, que ficaram conhecidas como o “Golpe da cobrança de taxa sobre PIX”, obrigaram o Ministério da Fazenda a lançar um alerta através dos seus canais oficiais para evitar novos casos.

Com a expansão para Portugal em curso, o alerta torna-se ainda mais relevante, uma vez que este meio de pagamento, que conquistou os Brasileiros pela sua rapidez e eficiência, apresenta riscos associados à sua popularidade. É essencial que os utilizadores portugueses conheçam as boas práticas de segurança e estejam preparados para identificar situações fraudulentas. A educação digital, o uso de ferramentas como as VPN e a adoção de medidas preventivas podem fazer toda a diferença na proteção contra golpes.

Janeiro 21, 2025 . 15:41

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