Armindo Carolino: "Por favor, mantenham sagradas as palavras cruzadas"
É natural de Abiúl, estudou na Figueira da Foz e em Coimbra, reside em Pombal e, aos 84 anos, é um leitor assíduo do Diário do Coimbra.
«Sou um leitor assíduo, sobretudo, leio as opiniões, o correio dos leitores, destacando o Massano [Cardoso]. Leio José Manuel Portugal, o Lé da Figueira da Foz, o Gonçalo Capitão, o Vilhena...», adianta Armindo Carolino, sem deixar de destacar a importância que as palavras cruzadas têm na sua rotina e ligação diária ao Diário de Coimbra.
«Por favor, mantenham sagradas as palavras cruzadas que me ajudam muito neste gosto pela vida que eu tenho», apela Armindo Carolino, que durante vários anos trabalhou na Banca, tendo-se licenciado em Direito a 27 de fevereiro de 1987, já durante o seu percurso autárquico (foi vereador entre 1983 e 1989 e presidente da Câmara de Pombal entre 1990 e 1993).
«Gosto muito da coerência [do Diário de Coimbra]. Ainda agora publicaram o estatuto editorial que foi feito há 95 anos. Pode ter sido retocado aqui ou ali. Não é fácil ao longo de tantas décadas manter esta coerência, este saber estar e afirmar-se no momento exato e, por isso, é que foi suspenso», adianta, com uma certeza: «Tem uma coerência tão grande, que os leitores são-lhe fiéis».
Quando perguntamos que sugestão deixa ao Diário de Coimbra, Armindo Carolino lembra que «um povo sem memória não tem futuro».
«Irmos buscar o que de bom o nosso passado tem, o que de mau o nosso passado tem e aprender, naquilo que for possível transitar para o presente, porque o mundo não pára», salienta, dando como exemplo a reportagem «espetacular» publicada há dias sobre o avião que caiu na Aldeia das Dez, a 15 de abril de 1953.
«Eu tinha no seminário um aluno que era da Aldeia das Dez e quando veio depois da Páscoa ele contou-nos tudo o que se tinha passado», recorda.