Aldeia às portas de Coimbra evacuada devido a incêndio rural
A Aldeia de Ribeira da Misarela, freguesia de Torres do Mondego (Coimbra), foi esta manhã evacuada devido a um incêndio rural. O cenário bem que poderia ter sido real mas neste caso tratou-se de um exercício que serviu para testar a operacionalidade dos meios de socorro no terreno, bem como a capacidade da população em reagir em momento de perigo iminente.
O simulacro realizou-se no âmbito do projeto “Evacuar Floresta”, liderado por Aldina Santiago, professora do DEC e investigadora do Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering (ISISE), e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), que visa contribuir para a definição de um sistema de apoio à decisão que proteja as comunidades em risco e mitigue os desafios associados à evacuação durante incêndios rurais.
«Neste exercício tentámos testar realmente como se faria uma evacuação, em articulação com as diversas entidades presentes, nomeadamente o Serviço Municipal para a Proteção Civil, Junta de Freguesia, autoridades policiais, neste caso GNR e Polícia Municipal de Coimbra. Testámos as comunicações, exatamente como os procedimentos a fazer e a evacuar as pessoas em segurança numa situação destas», frisou Paulo Palrinha, comandante dos Bombeiros Sapadores de Coimbra, para quem as principais dificuldades foi, precisamente, retirar «as pessoas com mobilidade reduzida e fazer acionar os meios em tempo útil» para que as pessoas pudessem sair em segurança.
Para Paulo Cardoso «é sempre muito importante conhecer a realidade de cada canto da freguesia». «Esse é o trabalho dos autarcas locais de freguesia, daí a grande importância das juntas, que conhecem as suas populações, conhecem os seus caminhos e sabem por onde é que se pode fazer a evacuação ou por onde é que se deve fazer. Portanto, é o trabalho fundamental de quem está com o espírito de missão junto das Juntas de Freguesia, sublinhou o autarca de Torres do Mondego.
O balanço do simulacro é «extremamente positivo» e feito «num prazo muito curto», destacou Nelson Antunes, coordenador municipal de Proteção Civil, destacando, igualmente, a colaboração da população.