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Jornalista mexicano encontrado morto

Justiça mexicana também anunciou hoje que foram encontrados 56 corpos numa vala comum no norte do país

O jornalista e professor mexicano Alejandro Gallegos foi encontrado morto hoje, alegadamente vítima de assassínio, o segundo de um jornalista desde que a Presidente Claudia Sheinbaum assumiu o poder, em outubro.

A organização Artigo 19, que tinha denunciado o desaparecimento de Gallegos horas antes em Villahermosa, no estado de Tabasco, no leste do México, confirmou a sua morte.

Gallegos trabalhava sobretudo na cobertura jornalística de temas de educação e de política, além de gerir a página 'online' de denúncias de cidadãos La Voz del Pueblo, Noticias Sin Censura, havendo suspeitas de que a sua morte resultou de um ato criminoso.

Este caso representa novo golpe para a liberdade de imprensa no México, onde desde 2000 foram registados mais de 169 assassínios de jornalistas, dos quais dois foram registados já durante o mandato de Sheinbaum, que tomou posse em 01 de outubro de 2024.

A Justiça mexicana também anunciou hoje que foram encontrados 56 corpos numa vala comum no norte do país, perto da fronteira com o México, aumentando o já elevado número de vítimas de crime organizado.

Os corpos foram exumados no estado de Chihuahua, entre terça e sexta-feira, com o apoio do Exército, segundo um comunicado da procuradoria regional, que admite poderem ter sido vítimas de grupos criminosos envolvidos no tráfico de droga, armas e migrantes nesta zona do México.

Os restos mortais foram enviados para laboratórios forenses para determinar "as causas e a hora da morte, bem como a identidade das vítimas", de acordo com o comunicado.

Chihuahua tem sido uma região afetada pela violência ligada ao crime organizado numa rota de tráfico de droga e migrantes para os Estados Unidos.

Em 26 de dezembro, pelo menos 12 corpos foram encontrados em várias covas a cerca de duas horas da cidade fronteiriça de Ciudad Juarez.

As autoridades locais registaram um total de 3.927 desaparecidos até dezembro de 2024 – um número ainda assim muito inferior ao verificado em outros estados mais afetados por este fenómeno, como Jalisco (oeste) e Tamaulipas (norte), que têm mais de 13.000 casos, segundo dados oficiais.

Desde dezembro de 2006, quando foi lançada uma polémica operação militar antidroga, o México registou mais de 450 mil mortes violentas e dezenas de milhares de desaparecimentos, segundo estatísticas oficiais.

Janeiro 25, 2025 . 22:18

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