Junta reúne ideias para renovar Largo dos Olivais

A requalificação da Praça de Santo António dos Olivais representa «uma velha ambição de quem esteve nesta Junta de Freguesia» e particularmente do atual executivo. Por isso, a Junta avançou com a proposta à Câmara, no âmbito dos contratos interadministrativos de delegação de competências, visando dar outra dignidade a um espaço nobre da freguesia, onde se realiza a tradicional romaria do Espírito Santo, atualmente também «estrangulada».

José Francisco Rodeio explicou que a intervenção, com um orçamento previsto de 120 mil euros, vai «ser liderada pela Câmara Municipal», mas a Junta entendeu pedir o apoio de uma empresa, no sentido de elaborar «um estudo preliminar», que apresente globalmente o «conceito» que se pretende para o Largo dos Olivais e será base de trabalho para o projeto a elaborar pela Divisão de Apoio às Freguesias.  Um projeto que, esclareceu, faz parte de um “triângulo” de intervenção mais alargado, que além do Largo dos Olivais prevê a criação de um parque infantil e geriátrico junto ao depósito de água, de um lado e, do outro, a requalificação do anfiteatro, estes últimos apresentados este ano ao município e «importantes para a ligação de toda a zona histórica dos Olivais».

Foi esse estudo, essa «proposta de discussão», que a Junta fez questão de apresentar, ontem, ao final da tarde, numa sessão que contou com a participação ativa de vários munícipes. Coube à arquiteta Raquel Reis, da Mech Consultores, explicar os nove momentos da intervenção prevista, visando «uniformizar o espaço» e conferir-lhe a «dignidade» que merece como «espaço nobre que é».

Elemento chave da nova dinâmica é a «deslocalização do palco» para junto ao muro, numa resposta à “queixa” do presidente que lamentava que alguns grupos se recusassem a ali atuar, a que se junta a mudança do pavimento, em «material nobre», «pedra», explicou, em «coerência com outras intervenções feitas na cidade», designadamente no Mosteiro de Celas e Museu Machado de Castro, e permitindo um «melhor enquadramento da fonte».

«Não é uma intervenção radical», sublinhou Raquel Reis, apontando ideias «simples» para conseguir uma «modernização», designadamente com novo mobiliário urbano – bastante degradado –com a sugestão de bancos curvos, em madeira, uma iluminação «não tão intrusiva» e os contentores de recolha de lixo e ecoponto «enterrados», de forma a «minorar o impacto visual». O estudo refere a manutenção de todas as árvores e zona de vegetação, com «prado sequeiro», que «facilita a manutenção», disse. Para os sanitários - particularmente necessários aquando da romaria – apontou a solução “contentores”, junto ao muro, numa zona com uma quota mais baixa.

Mais radical é a alteração da circulação da Calçada do Espírito Santo, que passa a ter um único sentido e o pavimento reparado, bem como a «eliminação completa do estacionamento em frente a Igreja», instalando um parque para bicicletas, para «promover a mobilidade mais suave». Para as esplanadas, o estudo defende «uma uniformização do mobiliário», nomeadamente ao nível dos guarda-sóis e floreiras, que «dá outro arranjo».|