Sindicato dos Jogadores condena "bullying" nas redes sociais
O Sindicato dos Jogadores condenou hoje as mensagens de ódio dirigidas ao portista Galeno e a Gabriel Batista, do Santa Clara, após o jogo da 19.ª jornada da I Liga de futebol, defendendo “tolerância zero” para estas condutas.
“O Sindicato dos Jogadores manifesta a sua solidariedade para com os jogadores Galeno e Gabriel Batista, adversários no jogo entre o FC Porto e o Santa Clara, que acabaram por sofrer o mesmo tipo de agressão através das redes sociais após a partida”, indica, em comunicado.
No domingo, o guarda-redes Gabriel Batista denunciou nas redes sociais uma ameaça de morte, acompanhada de expressões racistas, depois de ter defendido uma grande penalidade, cobrada por Galeno, nos momentos finais da partida da 19.ª jornada, que acabou empatada 1-1.
O avançado do FC Porto, que também falhou a recarga, já tinha desperdiçado um penálti aos 72 minutos, e, depois do jogo, desativou os comentários nas redes sociais.
“Infelizmente, seja na vitória, pelo mérito, ou na derrota, pelo desaire, as redes sociais continuam a ser um lugar de cobardia e sentimento de impunidade, em que a devassa da privacidade, do bom nome e da imagem de atletas, que são também ser humanos, com famílias, é constante”, alerta o Sindicato dos Jogadores.
Assim, e apelando à “tolerância zero para este tipo de condutas e bullying online”, o Sindicato dos Jogadores diz esperar que os autores destes ataques possam ser identificados e “devidamente punidos, nos termos legalmente aplicáveis”.
FC Porto e Santa Clara empataram no domingo 1-1, com os ‘dragões’ a ficarem a seis pontos do líder Sporting.
Os nortenhos têm os mesmos 41 pontos do segundo classificado Benfica, enquanto o Santa Clara, que terminou o jogo em inferioridade numérica, devido à expulsão de Matheus Pereira, por acumulação de cartões amarelos, é quinto, com 32.