Recolha de resíduos recicláveis aumentou 9% no concelho de Coimbra em 2024
A recolha de resíduos recicláveis aumentou 9% no município de Coimbra em 2024, anunciou hoje representante da Resíduos Sólidos do Centro (ERSUC), adiantando ainda que o projeto da empresa de recolha seletiva porta-a-porta está a ser “um sucesso”.
"Houve um crescimento de 9% na totalidade de recolha de reciclagens de 2023 para 2024 e isto só acontece porque a população está mais atenta e mais aberta à reciclagem”, referiu Bruno Tomé, ao longo da conferência para apresentação dos resultados da recolha de resíduos recicláveis, que decorreu na manhã de hoje, em Coimbra.
A quantidade recolhida seletivamente no concelho de Coimbra em 2024 corresponde a 2.752 toneladas de vidro (em 2023, foram 2.664), 3.869 toneladas de papel e cartão (3.465 no ano anterior) e 2.285 toneladas de embalagens (2.034 em 2023).
Na ocasião, Bruno Tomé apresentou também os resultados do projeto “Reciclagem à Porta”, iniciado pela ERSUC há mais de um ano, que consiste em distribuir contentores de 120 litros nas casas dos participantes, sendo a recolha dos resíduos trifluxo realizada pela empresa de forma calendarizada.
O projeto piloto, realizado em Coimbra, conta já com mais de 7.700 habitações aderentes e recolheu 450 toneladas de vidro, 474 de papel e cartão e 430 de embalagens, plástico e metal.
Classificando o “Reciclagem à Porta” como um caso de “sucesso”, Bruno Tomé garantiu que a ERSUC irá expandi-lo, “tanto em Coimbra, como noutros locais”.
Ao longo da conferência, o diretor do Departamento de Ambiente e Sustentabilidade da autarquia, António Martins, fez um balanço do projeto de recolha de resíduos orgânicos, iniciado pela Câmara Municipal em junho de 2024, nas zonas da Solum e Vale das Flores, em Coimbra.
O projeto piloto apresenta coleta semanal e, entre junho e dezembro, já havia procedido a recolha de 66 toneladas de biorresíduos.
Alexandra Pericão, em representação da Serviços Urbanos e Meio Ambiente (SUMA), empresa responsável pela “Zero Desperdício” - campanha de sensibilização do projeto de recolha de biorresíduos -, afirmou que o contacto com a fração doméstica, no Vale das Flores e na Solum, decorreu entre abril e julho de 2024, em quase 9.000 fogos, por telefone ou na modalidade porta-a-porta, tendo sido entregues 2.500 baldes.
Já na fração não doméstica, as zonas piloto intervencionadas foram a Alta e a Baixa de Coimbra, em dezembro, tendo sido envolvidos 195 estabelecimentos, dos quais “44 serão aderentes à recolha porta-a-porta de biorresíduos”.
Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, classificou como “extraordinário” o crescimento de 9% em termos de recolha para reciclagem, sublinhando que, “segundo as estatísticas existentes, este é o maior crescimento de sempre de um ano para o outro”.
Em relação aos monos (870 toneladas recolhidas em 2024, contra 895 em 2023), o autarca vincou que não há estatísticas do abandono dos mesmos na via pública para saber se o problema se está a agravar, sublinhando que “o que há é muita atividade nas redes sociais e, portanto, uma real visibilidade do problema”.
“Mas é possível dizer [...] que o problema dos monos só se resolve com o civismo das pessoas”, defendeu, apelando para o uso do recurso camarário de coleta, “que funciona bem”.
O autarca destacou ainda a recolha dos veículos abandonados, que totalizou 425 toneladas entre 2023 e 2024 (no último ano, foram coletadas 116 toneladas), trabalho em que a autarquia está “profundamente empenhada”.