O assédio(s) e os diferentes entendimentos desde a década de 60
O Clube de Tiro e Sport de Coimbra recebeu ontem o primeiro jantar-conferência, organizado em conjunto com o Instituto Superior Miguel Torga.
O tema “Assédio(s)” está na ordem do dia e para este primeiro jantar, a palestrante foi Daniela Sofia Neto, docente e investigadora da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra que, no âmbito da sua tese de doutoramento, procurou «compreender os entendimentos da comunidade estudantil perante o assédio, desde a década de 60 até aos dias de hoje», tal como ela própria explicou.
Daniela Sofia Neto fez o enquadramento do seu trabalho, referindo que, a partir dos dados recolhidos em entrevistas com estudantes da época, com relatos escritos na imprensa estudantil, chegou à conclusão que «nessa época, não se falava de assédio», até porque o termo surge tardiamente e mais associado às questões laborais, mas percebeu «que há sensibilidades e questões ténues» que os entrevistados, sobretudo as mulheres «reconhecem que, de facto, havia alguns comportamentos inapropriados».
A investigadora revelou ainda que também procurou analisar como é que o surgimento dos movimentos sociais e da própria legislação mudaram «a perceção do que é efetivamente o assédio».
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