O PS escolhe a tômbola na política de imigração
A entrevista de Pedro Nuno Santos ao EXPRESSO causou grossa celeuma, fora e sobretudo dentro do PS. Não era caso para menos. Numa matéria (a imigração) que esquenta o debate entre esquerda e direita (neste ciclo, pelo menos desde a célebre aparição de Pedro Passos Coelho em Faro, ainda na campanha eleitoral), o líder socialista meteu travão às quatro rodas, guinou e deu monumental cambalhota.
O mote principal da tensão está entre imigração de portas escancaradas ou imigração regulada, devidamente regulada. Pedro Nuno Santos reconheceu que o PS não fez tudo bem, mas importa reconhecer que, na imigração, o PS fez quase tudo mal: progressivamente, os governos PS desfizeram a política de imigração, legando ao governo actual uma situação catastrófica. Sob pressão da extrema-esquerda no tempo da geringonça, continuada pela extrema-esquerda interna do PS nos últimos anos e agravada por incompetência, o PS escolheu uma linha de “porta aberta”, corroeu a capacidade da administração da imigração e desmantelou-a até, perdendo o controlo da situação e a capacidade de a governar.
Para continuar a ler este artigo
nosso assinante:
assinante: