Dezoito paramilitares mortos em emboscada no Paquistão
Dezoito paramilitares foram mortos e outros três ficaram gravemente feridos numa emboscada realizada na província do Baluchistão, no sudoeste do Paquistão, segundo a polícia local. Citada pela AFP, uma fonte policial, que pediu anonimato, adiantou que um veículo que transportava paramilitares "foi alvo de tiros de 70 a 80 assaltantes armados, que bloquearam a estrada", perto da cidade de Mangochar.
As vítimas, que, segundo a fonte, estavam desarmadas, pertencem ao Corpo de Fronteira, grupo de quatro forças paramilitares do Paquistão, que opera as províncias de Baluchistão e Khyber Pakhtunkhwa.
O ataque, ocorrido na noite de sexta para sábado, causou a morte a 18 paramilitares, 17 dos quais passageiros do veículo e um outro que os socorreu, referiu a fonte, acrescentando que três outros ficaram gravemente feridos e dois escaparam ilesos. O ataque não foi reivindicado até ao momento.
Nos últimos meses, os ataques na província do Baluchistão, a maior do Paquistão, mas também a mais pobre, apesar de ter recursos minerais e de gás significativos, têm aumentado.
O Exército de Libertação do Baluchistão (BLA), um dos principais grupos, ataca frequentemente as forças de segurança paquistanesas, que combatem o separatismo há décadas na província, que faz fronteira com o Afeganistão e o Irão.
Os separatistas também têm como alvo projetos de energia financiados por países estrangeiros, principalmente a China, acusando-os de explorar a região, excluindo quem nela habita.
Em novembro, os separatistas reivindicaram um ataque à bomba na principal estação ferroviária de Quetta, que matou 26 pessoas, incluindo 14 soldados.
Em agosto, o BLA assumiu a responsabilidade por ataques coordenados que mataram pelo menos 39 pessoas, um dos maiores números de mortos na região.
Segundo o exército paquistanês, 383 soldados e 925 combatentes separatistas morreram em 2024, na sequência de vários confrontos.