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Pedro Proença quer profissionalizar arbitragem e admite Supertaça no estrangeiro

Atual presidente da Liga e candidato à presidência da FPF garante: "Este mandato a que me candidato não terminará sem uma profissionalização absoluta do setor da arbitragem"

O candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) Pedro Proença apresentou hoje o seu programa, no qual aponta à profissionalização do setor da arbitragem e admite que a Supertaça pode disputar-se no estrangeiro.

“Uma federação forte não se faz com arbitragem fraca ou disciplina incompreensível. Quando se entra em campo para competir no topo da nossa pirâmide, há 22 jogadores profissionais, suplentes profissionais e profissionais do treino e da medicina à volta do campo. Depois, há quatro que parecem ser, mas não são totalmente profissionais. E, a tudo isto, somamos quem está no videoárbitro. Este mandato a que me candidato não terminará sem uma profissionalização absoluta do setor da arbitragem”, sublinhou.

A discursar no auditório principal da Cidade do Futebol, em Oeiras, o ex-árbitro e atual presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) considera que a evolução passa pela “implementação de um modelo empresarial para a gestão desse setor”, que está “sequioso dessa serenidade, reconhecimento e visão”, corporizada numa Direção Técnica Nacional de Arbitragem, um órgão que pretenderá implementar na federação.

“Só com uma arbitragem totalmente profissional, uma disciplina dedicada a 100% e as duas absolutamente autónomas de interferências de outros órgãos federativos se constrói o respeito que é há muito devido e para o qual não estamos todos a fazer o que podemos”, expressou Pedro Proença, que preside a LPFP desde o início de 2014.

O candidato, que como presidente da Liga de clubes já tinha falado da possibilidade de colocar a realização da ‘final four’ da Taça da Liga fora do país, revelou que pretende a Supertaça nesses moldes, numa dinâmica de remodelação dos quadros competitivos.

“Portugal não vai excluir do seu campo de possibilidades a disputa no estrangeiro de alguma das suas provas, nomeadamente uma Supertaça totalmente relançada no nosso calendário desportivo”, realçou, prometendo globalizar os clubes portugueses.

Pedro Proença afirmou que liderar a FPF “exige competências próprias de um gestor, conhecimento específico da modalidade e uma comprovada capacidade de união”, lembrando o trabalho desenvolvido na carreira de árbitro e, depois, na Liga de clubes.

“Sou do campo de jogo, é de lá que venho, mas isso não me impediu de estudar, de aprender, de me licenciar e de construir o meu próprio caminho de gestor. Na última década, ao serviço de uma fatia importante da modalidade, o futebol profissional. Ali percorremos um caminho de salvação, recuperação, crescimento e agregação”, frisou.

Apesar de vincar não ter “nenhum pingo de sobranceria”, Pedro Proença entende que a probabilidade de vencer as eleições para a FPF “é muito alta” e assegurou que quer aliar a exigência à prudência nas variadas seleções de futebol, futsal e futebol de praia.

“Vamos dar estabilidade às equipas técnicas e condições de excelência aos jogadores e jogadoras. Em nenhum azulejo destes balneários faltará apoio e ambição. A exigência terá de ser acompanhada de prudência. A federação tem selecionadores de qualidade inegável, em quem confiamos para implementarem a política de ambição permanente. A transição normal e saudável da gestão federativa não precisa de ser acompanhada de revoluções ineficientes. Máxima confiança, máxima responsabilidade”, ressalvou.

Proença deseja ainda aumentar o tempo de atividade física nas escolas, trabalhar na base feminina para obter mais mulheres treinadoras e árbitras, fazer desenvolver a FPF juntamente com as associações regionais e criar uma ‘explosão’ de federados na base.

As eleições dos órgãos sociais federativos para o quadriénio 2024-2028 realizam-se em 14 de fevereiro, numa altura em que Fernando Gomes se encontra em funções desde o dia 17 de dezembro de 2011 e cumpre o terceiro e derradeiro mandato na liderança.

Pedro Proença e Nuno Lobo, atual presidente da Associação de Futebol de Lisboa, são os dois candidatos à sucessão de Fernando Gomes na presidência da FPF, e tiveram os elencos das respetivas listas confirmados pela comissão eleitoral no dia 09 de janeiro.

Fevereiro 3, 2025 . 14:31

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