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Cerimónias fúnebres de Maria Teresa Horta a partir de amanhã em Lisboa

Pelas 18h00 na Basílica da Estrela

As cerimónias fúnebres da escritora Maria Teresa Horta, que hoje morreu aos 87 anos, realizam-se na quarta-feira, partir das 18h00, na Basílica da Estrela, em Lisboa, disse à agência Lusa fonte das Publicações D. Quixote.

O velório da autora de “Minha Senhora de Mim” (1971) decorre na quarta-feira, entre as 18:00 e as 22:00, na Basílica, onde, na quinta-feira se realiza uma cerimónia, reservada à família e amigos. O funeral sai às 14h30 para o Cemitério dos Prazeres, também na capital, segundo a editora de Maria Teresa Horta.

Maria Teresa Horta é última das “Três Marias”, a par de Maria Isabel Barreno (1939-2016) e Maria Velho da Costa (1938-2020), autoras das “Novas Cartas Portuguesas” (1972).

A escritora tem livros editados no Brasil, em França e Itália. Foi a primeira mulher a exercer funções dirigentes no cineclubismo em Portugal e é considerada um dos expoentes do feminismo da lusofonia.

Também jornalista, Maria Teresa Horta foi amplamente premiada ao longo da sua carreira literária. Entre outros galardões, eecebeu o Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores, em 2014, o Prémio Autores 2017, na categoria Melhor Livro de Poesia, para “Anunciações”, a Medalha de Mérito Cultural, do Ministério da Cultura, em 2020, e o Prémio Literário Casino da Póvoa, em 2021 pela obra “Estranhezas”, entre outros.

O Estado português condecorou-a em 2022, com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.

Entre as instituições que hoje recordaram a escritora e jornalista estão o Museu do Aljube, que em 2021 teve patente a exposição “Mulheres e Resistência – ‘Novas Cartas Portuguesas’”, por altura dos 50 anos de publicação da obra, na qual homenageou as “Três Marias”: Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, além de Maria Teresa Horta.

O museu lisboeta lembra a “figura brilhante da cultura portuguesa”, que deixa “um legado imenso de coragem e luta pela igualdade”.

O Cinema São Jorge, em Lisboa, recorda uma outra faceta de Maria Teresa Horta, a de “cinéfila militante”. “Nos anos 50 tornou-se a primeira mulher diretora de um cineclube, o ABC, cujo primeiro ciclo foi totalmente censurado pelo Secretariado Nacional de Informação”, partilhou.

A UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta considera que “os feminismos estão de luto” com a morte de Maria Teresa Horta, a quem agradece muito “por tudo”.

Em dezembro de 2024, Maria Teresa Horta foi incluída numa lista elaborada pela estação pública britânica BBC de 100 mulheres mais influentes e inspiradoras de todo o mundo, que incluía artistas, ativistas, advogadas ou cientistas.

Fevereiro 4, 2025 . 17:22

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