TAGV (re)liga-se ao espaço exterior com propostas transversais

«Esta será uma temporada em que o TAGV se (re)liga ao espaço exterior, com espetáculos e eventos que saem do seu auditório, dando corpo a um desejo de fruir o ar livre e os espaços verdes, mas também de descobrir a cidade e, pelo caminho, encontrando alguma coisa adormecida em cada um de nós. Espetáculos no Jardim Botânico, na Capela do Colégio das Artes, caminhadas pela cidade são algumas das propostas que ilustram este convite, que é um desafio para respirar a plenos pulmões e olhar à volta». Esta reflexão partiu de Sílvio Correia Santos, diretor do Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), na apresentação do ciclo de programação de fevereiro a julho de 2025.

Música, cinema, teatro, conversas, poesia, exposições, workshops, caminhadas e dança são algumas propostas de uma programação transversal que pretende captar um público diversificado e deixa visível «um primeiro momento da marca da equipa» que dirige o espaço.

«Num ano de boas comemorações musicais, o teatro também celebra o movimento perpétuo de Paredes. Mas não só. Por aqui passarão muitas outras celebrações musicais, entre as quais as trazidas por Carlos Bica, que brincará com Beethoven, o aniversário da RUC, e a Jigsaw – como assim, 25 anos? Pelo caminho, Hélder Bruno trará o novo disco e o festival menor será desafiante e marginal, como sempre», sublinhou Sílvio Correia Santos.

Como reflexo de um reforço da ligação a estruturas locais, o TAGV é, cada vez mais, «um catalisador do que acontece na cidade, não só no domínio das artes performativas». E, por isso, pelo espaço «vão passar obras da coleção dos Encontros e Fotografia e letreiros em néon que também contam a história da cidade», precisou o responsável, para quem a ligação às estruturas da cidade é uma forma de proximidade. O diretor do TAGV não deixou, porém, de referir a «ligação, por força da sua inserção na Universidade de Coimbra (UC), aos projetos de investigação».

Delfim Leão , vice-reitor da UC para a Cultura, Comunicação e Ciência Aberta, destacou «a coerência e as linhas orientadoras da programação», realçando a «ligação diferenciadora» aos projetos de investigação.