Faleceu Maximina Fortunato, “rainha” do mundo do pão
Maximina Ribeiro Borges de Carvalho Alves Fortunato despediu-se da vida e do enorme legado de afetos e de negócios que criou, juntamente com o marido, Vítor Manuel Mota Fortunato.
Maximina, natural de Meda de Mouros, e Vítor, nascido em Mouronho, concelho de Tábua, foram companheiros de brincadeira, em crianças. «Começámos a namorar em 1961», conta, emocionado, o empresário, já aposentado. Casaram em 1961, no Santuário de Nossa Senhora do Mont’ Alto, em Arganil. «Fazíamos 56 anos de casados no próximo domingo», refere, emocionado.
O casal começou a sua vida em S. Martinho do Porto, para onde Vítor foi com 14 anos, trabalhar com o pai, sócio de uma padaria. Ali aprendeu a arte, ganhou confiança e vontade de singrar sozinho. Assim, em 1975, Vítor e Maximina rumaram para Coimbra. «Comprámos uma padaria, em S. Martinho do Bispo, a Padaria Mondego». O primeiro de um leque alargado de negócios, sempre no mundo da panificação e pastelaria, que o casal desenvolveu, designadamente com a abertura da Dona Broa, junto ao Hospital dos Covões, da padaria e pastelaria Doce Mel, na Avenida Elísio de Moura ou da Doce Flor, na Rua Paulo Quintela, empresas que, entretanto, e devido ao avançar da idade, trespassaram.
Uma vida de dedicação, de esforço e de partilha. «Tivemos momentos muito difíceis», afirma o marido, recordando a «grande companheira» que esteve sempre a seu lado e foi o pilar de «todos os empreendimentos que desenvolvemos».
«Era uma mulher muito alegre, muito comunicativa. As pessoas adoravam ir ao balcão e conversar com ela», recorda, com amargura Vítor Fortunato, que viu a companheira perder a vitalidade, vítima da doença, que a levou para os Hospitais da Universidade de Coimbra em meados do ano passado, onde esteve internada durante bastante tempo. Piorou entretanto e regressou ao internamento, agora no Hospital dos Covões, onde faleceu, na terça--feira, aos 83 anos.
O casal tem dois filhos, Luís José e Cláudio Manuel e duas netas. Maximina era tia do jornalista José Alberto de Carvalho. Maximina Ribeiro Borges de Carvalho Alves Fortunato regressa amanhã, quinta-feira, pela derradeira vez, à terra que a viu nascer, Meda de Mouros, onde se realiza o funeral, pelas 15h00, na Capela de S. Marcos.