![Loja Social Escola Soure](https://www.diariocoimbra.pt/wp-content/uploads/2025/02/Loja-social-escola-soure.webp)
Escola de Soure tem loja social que ajuda alunos e famílias
Todos os meses, cerca de duas dezenas de famílias carenciadas com menores nas escolas do concelho de Soure passam pela Loja Solid’Árias e levam o seu cabaz de bens alimentares para o mês. Todos os meses, sem falhar, graças ao esforço e empenho da comunidade escolar e de voluntários, que mantêm de pé a loja solidária que é, em tudo, semelhante a tantas outras existentes nas comunidades, só que esta está situada em pleno espaço escolar, servindo os alunos e respetivas famílias que atravessem dificuldades financeiras.
A Loja Solid’Árias funciona na Escola Básica de Soure e é de lá que saem, mensalmente, os cabazes alimentares mas também, sempre que é preciso, roupa e calçado de acordo com as necessidades manifestadas pelos agregados familiares.
O objetivo é duplo: promover a solidariedade, sobretudo entre os jovens, e dar apoio a quem, por alguma circunstância, necessita. E já lá vão 14 anos de atividade deste espaço que foi concebido por alguém que, em 2011, fazia um estágio na escola e que o Agrupamento de Escolas se esforçou por não deixar cair.
Isabel Janeiro começou a dar apoio à loja quando ainda era docente mas, na altura da aposentação, decidiu que queria continuar e, dada a autorização do Agrupamento, continua a dinamizar a Solid’Árias, agora na condição de voluntária. «Toda a comunidade escolar acaba por estar envolvida», diz, explicando que a Loja vive do que se consegue angariar junto dos alunos, professores e pessoal não docente, mas há várias empresas do concelho de Soure e até de concelhos limítrofes que, mensalmente, fazem chegar o seu apoio, quer em bens, quer em dinheiro.
Os produtos são recolhidos mais pela época do Natal, mas quando chega a maio ou junho começa a ser necessário adquirir alimentos, o que é possível com os donativos em dinheiro, para que a comida chegue todos os meses à mesa de muitas famílias. O apelo, por isso, é renovado por Isabel Janeiro que solicita que quem possa ajudar o faça.
Em média, são ajudadas cerca de 20 famílias que, «quando se orientam, deixam de vir». A sinalização é feita pelos professores e pela própria direção do agrupamento de escolas, quando se apercebem das carências junto dos alunos. «As pessoas ficam reconhecidas e o que damos é uma ajuda na vida delas», diz a antiga docente, admitindo que lojas sociais há muitas, mas dentro de uma escola este será um projeto pouco comum. De resto, diz, com orgulho, que numa inspeção feita à escola , os responsáveis «ficaram encantados com a iniciativa».
A Loja Solid’Árias funciona à terça-feira, das 11h30 às 13h00, e à quarta-feira, das 10h45 às 12h00. Mas quem não possa dirigir-se ao espaço neste horário só tem de comunicar e Isabel Janeiro garante a entrega do cabaz mensal na portaria da escola, onde pode ser levantado.|