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Convocados 44 dias de greve para os SMTUC

Greve arranca já na segunda e terça-feira e vai estender-se ao longo dos meses até setembro, mês em que deverão decorrer as eleições.

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local convocou 44 dias de greve para os Transportes Urbanos de Coimbra, começando já com dois dias na segunda e terça-feira e aumentando progressivamente ao longo dos meses até setembro, mês das autárquicas.

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) convocou uma greve para os trabalhadores dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), que arranca na segunda e terça-feira, afirmou a direção regional, que também já marcou greve para todos os meses até setembro, com cada mês a ter mais um dia de luta face ao anterior, culminando com nove dias de greve contínua no mês em que deverão realizar-se as eleições autárquicas.

Num comunicado, o STAL afirma que os 44 dias de greve marcados foram decididos, tendo em conta «as promessas não cumpridas por parte do presidente da Câmara de Coim Em causa, está sobretudo a valorização das carreiras dos trabalhadores (os motoristas e mecânicos dos SMTUC são considerados assistentes operacionais), disse o STAL.

Apesar de reconhecer que a reposição da carreira só pode ser cumprida pelo Governo, a dirigente do STAL Luísa Silva afirmou à agência Lusa que não tem «qualquer prova concreta» de que José Manuel Silva, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Aliança, RiR e Volt), tenha feito «algum contacto com o Governo» para resolver a situação.

Questionada sobre o porquê de tantos dias de greves marcados ao contrário do que aconteceu com o anterior executivo liderado pelo PS, Luísa Silva justificou que, «com o acumular do tempo os trabalhadores vão ficando saturados», vincando que a luta seria a mesma com este ou outro autarca.

Em resposta à Lusa, a Câmara de Coimbra salientou que tem dado conta pública «dos contactos mantidos com o anterior e com o atual Governo». Com o atual Governo, que está em funções há menos de um ano, a Câmara de Coimbra enviou em dezembro um parecer, «relativo à consagração legal de um suplemento remuneratório a atribuir aos trabalhadores que exercem funções de agente único de transportes coletivos, que está em análise e sobre o qual também já houve contactos construtivos». Na resposta, é ainda afirmado que tudo o que o presidente da Câmara de Coimbra disse enquanto candidato sobre a reposição das carreiras mantém-se inalterado, reiterando que a luta dos motoristas é justa. Além do diálogo com o Governo, a Câmara de Coimbra afirmou que continua a desenvolver o estudo sobre uma possível empresarialização dos SMTUC (transformação em empresa municipal pública), que daria autonomia à estrutura para melhorar os salários dos trabalhadores.

A Câmara alegou ainda que o STAL não convocou «nenhuma greve» quando o executivo era liderado pelo PS, considerando que a greve agora marcada reveste-se de «alguma injustiça e extemporaneidade», apelando a que a mesma seja desconvocada para o mês de fevereiro.|

Fevereiro 8, 2025 . 07:20

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