
Gastronomia apresenta-se como o “prato forte” da Lousã
Mais de 150 mil refeições foram servidas durante os 20 anos dos festivais gastronómicos da Lousã, que representam 53 eventos e envolvem 63 restaurantes. Números apresentados por Luís Antunes, presidente da Câmara Municipal da Lousã, no Lagar Mirita Sales, na Sarnadinha, um espaço recuperado pela autarquia, que pretende funcionar como “escola” de promoção dos valores tradicionais e da gastronomia, e cujo nome honra uma das grandes defensoras deste património identitário.
Números que, no entender do autarca , são um testemunho real da importância dos festivais gastronómicos na dinamização da economia local, na valorização e promoção do território e na promoção da qualidade de vida das suas gentes. Festivais que, garantiu Luís Antunes, «contribuem para reforçar a atratividade do concelho e também para reforçar a atratividade da região» e para a sua afirmação como uma região astronómica e turística «importante do país».
Festivais que, ao longo de 20 anos, além de proporcionarem experiências gastronómicas diferenciadoras, têm contribuído para promover a «qualificação da restauração», a «valorização do saber-fazer» e dos produtos endógenos, representando, igualmente, um «contributo para a inovação, com novas abordagens» no tratamento e apresentação dos produtos característicos da serra. Ingredientes conjugados que «também enriquecem a nossa oferta turística, que queremos melhorar cada vez mais», para que os visitantes regressem à Lousã.
«Queremos que quem nos visite seja seduzido pela boa mesa», confessou Luís Antunes, satisfeito com o balanço positivo destes 20 anos de festivais, que ajudam, também, a «afirmar a nossa identidade, a nossa cultura, os nossos produtos autóctones e as nossas tradições gastronómicas.»
Plenamente de acordo com o autarca, a presidente em exercício da Turismo do Centro, lembrou que a comida «faz-nos correr quilómetros».
A gastronomia tem um peso muito significativo no turismo interno e «é cada vez mais importante no turismo internacional», disse. No entender da Anabela Freitas, os números recorde registados no ano passado na região, com 8,4 milhões de dormidas e 500 milhões de euros de receita, também se devem aos festivais gastronómicos.
Uma palavra, ainda, para enaltecer as parcerias e a programação associadas ao festival, que representam uma mais-valia para os turistas e têm, decerto, reflexos no tecido económico local e na dinâmica social do território.