
Estudo sobre tubarão-azul destaca necessidade de proteção dos canhões submarinos
A necessidade de proteger e preservar os canhões submarinos, áreas que são potenciais zonas de berçário para o tubarão-azul, é destacada pelos investigadores num estudo hoje divulgado sobre a espécie.
De acordo com um comunicado divulgado pelo MARE, Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, a investigação revelou também que na presença de ruído de embarcações os tubarões-azuis alteram padrões comportamentais, sugerindo que pode existir um efeito oculto do ruído sobre a eficiência na procura e captura de alimento.
Os investigadores dizem que é preciso mais estudos que confirmem essa hipótese.
Em termos gerais o estudo revela padrões de comportamento e o impacto do ruído de barcos no tubarão azul, uma espécie que segundo o comunicado é crucial “na manutenção da estabilidade e da saúde dos ecossistemas marinhos”.
O tubarão-azul é das espécies de tubarão mais capturadas e está classificado como “quase ameaçado” pela União Internacional para a Conservação da Natureza. Em Portugal é frequentemente vítima da frota do palangre de superfície, dirigida a grandes peixes como o atum e o espadarte, segundo o documento.
Investigadores colocaram sistemas de câmaras remotas com isco ao largo da costa do Parque Natural da Arrábida, tendo sido registado o comportamento de 79 tubarões, com padrões distintos entre juvenis e adultos.