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Mais de 60 países sem EUA e Reino Unido pedem IA ética na cimeira de Paris

Signatários comprometeram-se a “garantir que a IA seja aberta, inclusiva, transparente, ética, segura, protegida e confiável”

Mais de seis dezenas de países, sem Estados Unidos e Reino Unido, assinaram uma declaração para uma inteligência artificial aberta, inclusiva e ética, divulgada hoje na Cimeira de Ação sobre a IA, em Paris.

Ao contrário dos Estados Unidos e do Reino Unido, a lista dos primeiros 61 signatários inclui a China, a França e a Índia, segundo a agência francesa AFP.

Os signatários apelaram para uma maior coordenação da governação da IA, exigindo um “diálogo global”, e pediram que se evite a “concentração do mercado” para tornar a tecnologia mais acessível.

Na declaração conjunta, os signatários comprometeram-se a “garantir que a IA seja aberta, inclusiva, transparente, ética, segura, protegida e confiável”.

Apelaram também para proteger “os direitos humanos, a igualdade de género, a diversidade linguística, a proteção dos consumidores e dos direitos de propriedade intelectual”.

Comprometeram-se ainda a “tornar a IA sustentável para as pessoas e para o planeta”.

Para tal, foi oficializada na cimeira a criação de um observatório sobre o impacto energético da IA liderado pela Agência Internacional de Energia (AIEA).

Também foi decidida a criação de uma coligação para a IA sustentável que pretende reunir as principais empresas do setor.

Estamos a lançar aqui as bases, a par da inovação e da aceleração, daquilo que permitirá à IA emergir e manter-se, ou seja, as chaves da confiança”, comentou o Presidente francês, Emmanuel Macron, no final da cimeira.

A ausência dos Estados Unidos e do Reino Unido na lista de signatários mostra as divisões sobre o assunto, segundo a AFP.

Os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, defendem a não-interferência para fomentar a inovação, enquanto a Europa quer regulamentos rigorosos para garantir a segurança e a responsabilidade.

Ao discursar na cimeira, o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, advertiu que uma “regulamentação excessiva” da IA “poderá matar uma indústria em expansão”.

Neste momento, estamos perante a perspetiva extraordinária de uma nova revolução industrial, a par da invenção da máquina a vapor”, disse Vance, citado pela agência norte-americana AP.

Mas isso nunca acontecerá se o excesso de regulamentação impedir os inovadores de correr os riscos necessários para a fazer avançar”, defendeu.

Vance disse que o governo Trump “garantirá que os sistemas de IA desenvolvidos na América estejam livres de preconceitos ideológicos”.

Os Estados Unidos “nunca restringirão o direito de liberdade de expressão dos nossos cidadãos”, prometeu o vice-presidente norte-americano.

 

 

Fevereiro 11, 2025 . 12:50

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