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Aprender a navegar na web em segurança exige saber quais são os riscos

“Quantos meninos têm telemóvel”, todos levantaram a mão. “Quem dos que estão presentes têm redes sociais?, “Levam o telemóvel para o quarto?”

A celebração do Dia da Internet mais Segura deu ontem o mote para uma sessão sobre “Riscos na Internet”, com orientação de dois inspetores da Polícia Judiciária, para alunos do 5.º ano da EB 2,3 Poeta Manuel da Silva Gaio.

À pergunta “Quantos meninos têm telemóvel”, todos levantaram a mão. “Quem dos que estão presentes têm redes sociais?, “Levam o telemóvel para o quarto?” ou “Utilizam o computador no quarto?”.

A estas perguntas, nem todos levantaram a mão, o que deixou os inspetores da Secção de Investigação dos Crimes Informáticos Contra o Património e a Vida em Sociedade da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária um pouco mais tranquilos.

Foi assim que começou a sessão “Riscos na Internet”, dirigida aos alunos do 5.º ano da EB 2,3 Poeta Manuel da Silva Gaio, numa iniciativa promovida pela professora de Tecnologias de Informação, Elsa Simões, com o apoio de outros professores dos 5.ºs anos, no âmbito do Dia da Internet Segura que se celebrou ontem. E foi com a sala cheia que os alunos ouviram alguns dos conselhos dos dois inspetores da PJ.

E agora voltamos às perguntas. O inspetor José Cruz explicou aos alunos que «esta palestra não é para vos dizer que não podem aceder à internet ou às redes sociais, mas sim, para vos alertar como o devem fazer com segurança». Por isso lembrou que as duas premissas são «adoptar técnicas e comportamentos de segurança».

Os primeiros, isto é, as técnicas, explica o inspetor Miguel Martins, prendem-se com as máquinas, sendo «importante ter sempre um antivírus, evitar ligações à internet sem fios e desencriptadas, isto é, a internet dos centros comerciais, tapar as webcam dos computadores», apenas para dar alguns exemplos. Já no que diz respeito à adoção de comportamentos seguros, os inspetores foram explicando aos alunos que «não devem preencher dados pessoais, devem evitar ‘postar’ fotografias pessoais ou de colegas, não fornecer a palavra-passe, não clicar em links desconhecidos, não responder a comentários ofensivos, não aceitar amigos virtuais, desconfiar sempre de pedidos de amizade de figuras públicas, como artistas ou youtubers, jogadores, entre outros».

Enfim, a lista de procedimentos é bastante extensiva e os alunos resistiram às explicações e, entre um e outro burburinho, lá concentraram a atenção nas palavras dos inspetores que também lhes falaram das responsabilidades que cada um dos alunos deve ter. Até porque, «mesmo os que têm menos de 16 anos, como vocês, podem ser responsabilizados pelas vossas ações».

A propósito, Miguel Martins explicou aos alunos conceitos como «difamação, injúria, gravação de fotografias e vídeos ilícitos», para lhes mostrar alguns exemplos de ciberbullying. Já José Cruz alertou os mais novos para terem atenção de que na internet «nada é privado e nada desaparece», por isso, o conselho é mesmo «pensar antes de fazer algo de que depois se venham a arrepender».

Depois da visualização de alguns videos elucidativos e que prenderam a atenção dos alunos, o inspetor deixou uma palavra de alguma esperança, alertando os alunos para que «é sempre bom ter um plano em caso de algo correr mal», pois muitas vezes, os utilizadores - crianças e adultos - são vítimas porque fazem algo inadvertidamente, «por isso é importante falar com alguém sobre o problema, com os pais, com os professores ou com os amigos».

«É bom lembrarem- -se que vocês são mais importantes do que as consequências dos problemas em que se podem envolver», alertaram os inspetores. Para ajudar os alunos a perceber a dimensão dos problemas em que se podem ver envolvidos com um comportamento inadequado quando navegam na internet, os inspetores apresentaram alguns casos reais, que deixaram os alunos mais alerta, como foi possível verificar no final da sessão. Alguns alunos mostraram que receberam a mensagem, como o T. que confessou que «já não quer ser youtuber», ou o colega que referiu «que não sabia que era tão perigoso clicar em links».

Fevereiro 12, 2025 . 17:36

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