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Descubra a Cidade dos Amores de mãos dadas
Agora que se aproxima o Dia dos Namorados e que os programas para o celebrar se multiplicam um pouco por todo o lado e Coimbra não é exceção, esta é uma boa oportunidade para os namorados partilharem momentos de cumplicidade ao conhecer a história da "Cidade dos Amores", até porque foi o palco de uma das mais belas e trágicas histórias de amor que ainda hoje povoa o imaginário português: o amor proibido entre D. Pedro de Portugal e D. Inês de Castro, uma nobre galega.
Uma história que a autarquia de Coimbra continua a enumerar como uma das muitas razões para visitar a cidade. Daí que, em jeito de sugestão, porque não começar com um passeio de mãos dadas pelos jardins idílicos da Quinta das Lágrimas, já que foi ali que o casal apaixonado se encontrava secretamente e trocava juras de amor eterno, nomeadamente junto à Fonte dos Amores, uma nascente que levava água ao Mosteiro de Santa Clara. Já a outra fonte da Quinta, a Fonte das Lágrimas, referida assim n’Os Lusíadas, terá sido onde Inês chorou pela última vez quando, a mando de D. Afonso IV, rei de Portugal e pai de D. Pedro, foi assassinada. O sangue que então derramou ainda hoje “é visível” nas pedras da fonte.
Fonte dos Amores é um espaço muito especial e pode ser visitado na Quinta das Lágrimas
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Depois de apreciada a tranquilidade dos jardins da Quinta das Lágrimas e se o sol de inverno assim o permitir, porque não continuar o passeio a pé e apreciar alguns dos espaços evocativos dos amores de Pedro e Inês que, na maioria das vezes, passam despercebidas. Assim, logo ali, apreciar o conjunto escultórico “Sob o Signo de Inês”, na Rotunda das Lajes, depois seguir em direção ao Exploratório, sentar na esplanada da cafetaria para recuperar forças e continuar pela margem esquerda do Parque Verde, contemplar o rio ou atravessar a ponte pedonal Pedro e Inês, a mais romântica da cidade.
Aproveite o dia para passear pelo Parque Verde e passar na Ponte Pedonal Pedro e Inês
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E eis que se está já do outro lado da cidade, onde se pode passear pelos jardins ribeirinhos, como o Parque Verde e o Jardim Dr. Manuel Braga, e circular sempre à beira rio e aproveitar as vias pedonais, em ambas as margens e seguir até à Mata do Choupal, um dos ex-libris da cidade de Coimbra, tantas vezes cantado por poetas e escritores e recordar a canção “ Coimbra do Choupal/Ainda és capital/Do amor em Portugal”.
Continue o passeio pelo Parque Manuel Braga
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Mas, Coimbra tem ainda muito mais para ver e assim outra sugestão - pois conhecer tudo no mesmo dia, revela-se um desafio difícil, - é seguir do Parque Verde para a Rua da Alegria para entrar no Jardim Botânico, através do Portão que liga a Baixa à Alta da cidade de Coimbra. O desafio é percorrer o caminho pedonal ou, se preferir optar pela Linha do Botânico, servida por um autocarro híbrido que fará o percurso ascendente entre o portão da Rua da Alegria e o Portão da Rua do Arco da Traição.
Ao longo do caminho, apreciar o bambuzal e parte do património edificado, como a Estufa Fria, a Capela de São Bento e a Fonte dos Três Bicos o Reservatório do Jardim, um importante exemplar do património industrial, além de toda a beleza do Jardim.
Estufa Fria reabriu no ano passado no Jardim Botânico
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Depois de sair do Jardim Botânico, pela porta junto ao Aqueduto de São Sebastião, é toda a beleza da Alta para descobrir, a começar pela Universidade, também cenário de encontros e reencontros e juras de amor eterno.