
“A guitarra de um povo” contém três CD's com gravações nunca antes editadas
No livro “Carlos Paredes – A guitarra de um povo”, de Octávio Fonseca, hoje apresentado no Convento São Francisco, em Coimbra, precisamente no dia em que o artista faria 100 anos, a história musical do artista é apresentada de forma cronológica, oferecendo ao leitor uma visão sequencial e integrada da sua carreira artística. Não se limita a relatar acontecimentos, mas também analisa e discute a sua obra discográfica, contextualizando-a nos momentos históricos e culturais em que foi criada.
Os discos de Carlos Paredes, considerado o “mestre” da “nova” música de Coimbra, são explorados com detalhe, acompanhados pelas críticas e entrevistas que receberam ao longo dos anos. Este trabalho, editado pela Tradisom, e apoiado pela Câmara Municipal de Coimbra, não só destaca os álbuns lançados mas também a relevância que cada um teve na trajetória do artista, revelando a evolução da sua música e da sua relação com a guitarra portuguesa, como também contém três CD’s com gravações nunca antes editadas
No lançamento do livro, antes de iniciar uma viagem pelo mundo de Carlos Paredes, Octávio Fonseca retratou-se a respeito de Artur Paredes – o pai do músico que versa a obra -, reposicionando, em sua opinião, a sua importância na «revolução completa da guitarra de Coimbra, quer a nível da técnica, quer ao nível da construção do instrumento».
O autor explica que Carlos Paredes «desde os 6 anos que acompanhou o seu pai», tendo começado a «compor apenas com 12 anos». Deixando o progenitor em 1961, edita o primeiro EP, em 1962 «com quatro canções», tendo, a partir deste momento uma carreira em ascendente.
José Manuel Silva reforçou a disponibilidade da autarquia em «apoiar obras que têm a ver com Coimbra e com a cultura». O presidente da Câmara Municipal sublinhou que a cidade «é a terceira do país com maior número de eventos culturais», estando decidida a afirmar-se neste setor.