
Seis milhões para valorizar aldeias históricas e de xisto
A aldeia histórica e de xisto do Piódão foi ponto de partida para uma nova etapa das estratégias de eficiência coletiva PROVERE, com a assinatura do acordo dos Planos de Ação Redes Aldeias Históricas de Portugal Eficiente e Sustentável e Estratégia de Eficiência Coletiva Rede Aldeias do Xisto 2030. Na prática, foi mais um passo dado, esta quinta-feira, na concretização dos PROVERE, que apostam no desenvolvimento sustentável dos territórios de baixa densidade, valorizando os seus recursos endógenos e criando novas oportunidades turísticas e de negócios.
A assinatura dos acordos foi feita entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a Câmara Municipal de Arganil, a Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto (ADXTUR) e a associação Aldeias Históricas de Portugal. No conjunto, o PROVERE Aldeias de Xisto e Aldeias Históricas representa um investimento que pode ascender a seis milhões de euros.
Frisando que o PROVERE é um instrumento que «vai ao fundo do território», Isabel Damasceno, presidente da CCDRC, enfatizou que está em causa um «instrumento com história, construído e aplicado por pessoas que conhecem profundamente o território e as suas necessidades». Defendeu que o mérito do percurso já concretizado se deve «ao empenho dos promotores, municípios e entidades envolvidas».
O presidente da Câmara de Arganil, de resto, admitiu, no caso de Piódão, o impacto positivo dos fundos europeus na valorização e preservação da aldeia que «temos o dever de assinalar e reconhecer». «Piódão é a prova viva de que os fundos europeus têm um papel determinante para o nosso país», afirmou Luís Paulo Costa que, saudando estar na linha da frente da execução dos PROVERE, reconheceu que o programa se tem centrado na valorização dos recursos endógenos e reforço do potencial turístico, do artesanato e das atividades económicas.
Paulo Fernandes, presidente da ADXTUR, congratulou-se com o grau de maturação de ambos os projetos - das Aldeias de Xisto e da Aldeias Históricas - que, em sua opinião, permitiram «criar novos modelos de governação para a gestão do território», estimulando as parcerias público- privadas. Já Carlos Ascenção, presidente da associação das Aldeias Históricas, frisou a virtude dos PROVERE que são essenciais para os territórios de baixa densidade e têm colocado «as pessoas no centro do desenvolvimento sustentável».
Refira-se que a “Estratégia de Eficiência Coletiva da Rede Aldeias do Xisto 2030” visa impulsionar o desenvolvimento económico e turístico através de redes colaborativas, enquanto a “Rede Aldeias Históricas de Portugal Eficiente e Sustentável” está focada na preservação patrimonial e na promoção de práticas sustentáveis.