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Centros de recuperação de animais selvagens cada ano com mais recolhas, diz Quercus
O número de entradas nos centros de recuperação de animais selvagens da Quercus está a subir a cada ano, ultrapassando as 1.500 no ano passado, informou hoje a organização em comunicado.
Em 2024, segundo um comunicado da organização ambientalista, os três Centros de Recuperação de Animais Selvagens (CRAS) da Quercus, de Castelo Branco, Montejunto e Santo André, acolheram 1.563 animais selvagens debilitados, feridos ou órfãos.
O número representa um aumento de 16% em relação a 2023, quando se receberam 1.349 animais, mas indica também uma tendência crescente de entradas desde 2020.
Segundo a Quercus tal reflete “a maior sensibilização da população e das autoridades, a crescente visibilidade dos CRAS, especialmente nas plataformas online, e a ampliação dos horários de receção”.
No ano passado a principal causa de entrega de animais relacionou-se com quedas de ninhos (28%) e traumatismos de origem desconhecida (22%). A interação humana, diz a Quercus, continua a ser um fator de risco (colisões com infraestruturas, por exemplo).
Ainda de acordo com os dados de 2024, a gaivota-de-patas-amarelas, o ouriço-europeu e a cegonha-branca destacaram-se entre as espécies mais acolhidas.
Integrados na Rede Nacional de Centros de Recuperação de Fauna (RNCRF), os CRAS da Quercus acolhem, tratam e reabilitam animais selvagens debilitados, garantindo o seu regresso ao habitat natural. Este trabalho, salienta-se no comunicado, ”contribui para a preservação da biodiversidade e o equilíbrio ecológico, além de permitir o estudo de ameaças e doenças emergentes”.
A Quercus, para expandir o impacto do trabalho dos CRAS, apela ao envolvimento da comunidade através do voluntariado, doações e programas de apadrinhamento.